DISPONÍVEL SOMENTE DIGITAL
O LIVRE-ARBÍTRIO - Arthur Schopenhauer
Neste ensaio, Arthur Schopenhauer desenvolve uma tese determinista que nega a existência do livre-arbítrio, argumentando que todas as ações humanas são condicionadas por uma cadeia de causalidade inevitável. Ele distingue entre diferentes tipos de necessidade – física, lógica e moral – para demonstrar que o ser humano pode fazer o que deseja, mas não pode escolher seus próprios desejos, pois estes são determinados por seu caráter inato e pelas circunstâncias externas. Assim, a sensação de liberdade não passa de uma ilusão gerada pela ignorância das verdadeiras causas que governam nossas decisões. Enquanto no plano fenomênico toda ação é determinada, a Vontade como princípio metafísico permanece livre, mas essa liberdade não pertence ao indivíduo. Schopenhauer conclui que a única verdadeira libertação está na negação da Vontade, abrindo caminho para uma ética baseada na compaixão e na renúncia aos impulsos cegos da existência.