top of page
Foto do escritorClandestino

5 de dezembro, dia de Marighella

Carlos Marighella (Salvador, 5 de dezembro de 1911 – São Paulo, 4 de novembro de 1969)


Carlos Marighella (1911-1969) foi um dos mais importantes militantes e intelectuais brasileiros do século XX, conhecido principalmente por sua atuação na luta armada contra a ditadura militar brasileira. Nascido em Salvador, na Bahia, Marighella se formou em engenharia, mas foi a política que realmente moldou sua trajetória. Militante comunista, ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, ao longo de sua vida, se destacou como um dos principais líderes da resistência ao regime militar instaurado após o golpe de 1964.



O Início da Trajetória

Marighella começou sua jornada política como militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Formado em engenharia, ele se envolveu com a política ainda jovem, atraído pela luta contra as desigualdades sociais e pela busca de um Brasil mais justo. No entanto, sua trajetória política sofreu uma grande mudança após o golpe de 1964, que instaurou a ditadura militar. Durante esse período, a repressão se intensificou, e Marighella foi preso por diversas vezes, uma experiência que, ao invés de enfraquecê-lo, fortaleceu ainda mais sua determinação em combater o regime.


A Luta Armada

Após sua saída do PCB, Marighella fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN), um dos principais grupos guerrilheiros que resistiam à ditadura militar. Ele acreditava que a única maneira de combater a repressão do regime era por meio da luta armada, uma ideia que estava presente em sua filosofia política e que ele divulgou amplamente, especialmente em sua obra mais conhecida: "Minimanual do Guerrilheiro Urbano". Neste livro, Marighella delineava as estratégias de guerrilha urbana, tornando-se referência para movimentos revolucionários de várias partes do mundo.


Marighella se tornou um dos maiores adversários do regime militar. Seu enfrentamento radical ao governo militar o tornou um inimigo de peso para os militares, que, durante a década de 1960, intensificaram suas ações repressivas contra os militantes de esquerda e qualquer forma de resistência.


A Morte e o Legado

Carlos Marighella foi morto em 4 de novembro de 1969, em uma emboscada armada pela polícia. Mesmo após sua morte, sua figura continua sendo reverenciada, tanto por aqueles que combatem a opressão, quanto por aqueles que acreditam em um Brasil mais justo e igualitário. Ele se tornou um ícone da luta pela liberdade, e sua morte apenas selou seu lugar como um dos maiores símbolos de resistência da história do país.


Sua figura, de guerrilheiro e intelectual, continua a inspirar gerações de militantes e ativistas. Marighella não foi apenas um homem de ação; ele foi também um pensador que acreditava que a mudança só seria possível através da luta, seja ela armada ou popular. Sua memória continua viva, sendo uma referência para todos que ainda acreditam na possibilidade de transformação social.


Carlos Marighella deixou um legado de coragem e resistência que perdura até hoje. Ele foi um homem que dedicou sua vida à luta por um Brasil mais justo e livre. Se hoje celebramos a liberdade e a democracia no país, em boa parte isso se deve à sua coragem em enfrentar os tempos mais sombrios da história brasileira. Hoje, Marighella é mais do que um nome — ele é um símbolo de resistência, e sua memória nunca será esquecida.


Creative Commons (1).webp

ÚLTIMAS POSTAGENS

bottom of page