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Foto do escritorSiqka

Hora de imunizar a Democracia: Para o vírus bolsonarista, só há a vacina da resistência

Caiu a cortina sobre mais uma tentativa de golpe na democracia brasileira. Uma trama militar que, de maneira grotesca, visava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes – até onde sabemos. Enquanto as notícias tomam os noticiários, a agonia se instala. E o que é mais perturbador: esse não é apenas um caso isolado, é um sintoma de algo muito maior.


Imaginemos por um momento: e se pudéssemos voltar no tempo? Por onde começaríamos? Impedir o golpe de 2016? Reagir mais fortemente contra os planos golpistas que estavam sendo tecidos à sombra de um Brasil enfraquecido? E se tivéssemos atuado mais cedo, com mais clareza e mais fervor? O Brasil não estaria em um abismo agora. E ainda assim, tudo que temos são os "e se" que habitam nossas mentes, e que já não têm mais a capacidade de mudar o curso das coisas. Mas talvez, através desses "e se", possamos buscar uma resposta.


O que quero dizer com isso é simples. Jair Messias Bolsonaro foi o vírus que se alojou no corpo da democracia brasileira. Como todo vírus, ela se multiplicou, se dividiu, e, como todo organismo patogênico, se espalhou por células do corpo, tornando-se, assim, parte do sistema. Esse bolsonarismo, como uma infecção, se disseminou, alimentado por velhas estruturas de poder que se renovam na ignorância e na violência. Mas sabemos bem qual o destino dessa proliferação: destruição, necrose e morte.


Agora, que conhecemos bem os efeitos desse vírus, precisamos nos preparar para o que virá pela frente. E para isso, a solução se chama VACINA.


A vacina, é a resposta que pode salvar nossa democracia. Ela funciona como um treinamento para o sistema imunológico, ajudando-o a reconhecer e combater o que é nocivo sem causar danos permanentes. No caso do Brasil, nossa vacina é o aprendizado com os erros do passado. Não podemos mais permitir que a desinformação nos vença. O bolsonarismo já matou milhares de brasileiros, e não falo apenas das mortes em suas políticas, mas das mais de 700 mil vidas perdidas durante a pandemia de COVID-19. Um genocídio. E se hoje estamos de pé, isso significa que somos sobreviventes. Somos a resistência. E essa resistência precisa ser mais forte, mais unida, mais consciente do que nunca.


A vacina é a nossa capacidade de resistir, aprender, reagir com mais fervor. Não há mais espaço para vacilar, para dar ouvidos a mentiras. O sistema imunológico da democracia deve ser ativado e, para isso, é necessário que nos unamos. Precisamos construir uma rede de consciência e ação, uma imunização coletiva contra os males da extrema-direita e da desinformação. A luta é contra esse vírus que se espalha pelo corpo social. A vacina é a educação, a verdade, a denúncia, a organização popular, o amor pela liberdade e pela justiça.


É hora de tomar a vacina. E essa vacina não se aplica apenas no corpo de cada um de nós, mas em cada espaço onde a democracia possa ser restaurada: na mídia, nas escolas, nas ruas. Só assim poderemos evitar a destruição total e erradicar o mal que o bolsonarismo e a extrema-direita representam. A resistência é a nossa imunidade. O nosso corpo democrático está mais forte quando unido. A batalha é nossa, e a vacina está em nossas mãos.



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