top of page

Bolsonaro lidera ato fracassado que pedia por anistia para golpistas fracassados

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores em um ato realizado neste domingo (16), na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento ocorreu em meio à expectativa pela análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o chamado “Núcleo 1”, grupo que inclui Bolsonaro e é acusado de tentativa de golpe de Estado.



As estimativas sobre o público presente divergem. A Polícia Militar do Rio de Janeiro estimou cerca de 400 mil participantes, enquanto o instituto Datafolha calculou 30 mil pessoas no local. Já pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), utilizando um software de análise de imagens, estimaram 18,3 mil presentes.


Durante seu discurso, Bolsonaro declarou que não tem ambição pelo poder, mas sim um compromisso com o Brasil. O ex-presidente também criticou o governo Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de contestar pontos da denúncia da PGR. Ele reforçou o pedido de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.


Discurso e críticas ao STF


Bolsonaro subiu ao trio elétrico acompanhado por aliados políticos. Seu pronunciamento teve início às 11h40 e durou cerca de 40 minutos. Emocionado, ele abordou a situação dos presos pelos atos de janeiro de 2023, mencionando nominalmente algumas mulheres detidas. O ex-presidente também afirmou que há perseguição política contra ele e seus apoiadores, citando brasileiros que buscaram refúgio no exterior.


Além de criticar Alexandre de Moraes e os inquéritos que correm sob sigilo no STF, Bolsonaro relembrou a campanha eleitoral de 2022, afirmando ter sido alvo de perseguição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele também classificou as investigações sobre joias sauditas e falsificação de comprovante de vacina como narrativas que, segundo ele, teriam sido desmentidas ao longo do tempo.


O ato contou com a presença de diversas figuras políticas, como os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Mello (PL-SC) e Mauro Mendes (União-MT). Senadores e deputados federais também compareceram, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Magno Malta (PL-ES). O pastor Silas Malafaia, um dos principais apoiadores de Bolsonaro no meio evangélico, também discursou no evento.





A defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro foi um dos principais temas do ato. Até o momento, 480 pessoas já foram sentenciadas pelo STF, e aliados do ex-presidente tentam articular a aprovação de um projeto de anistia na Câmara dos Deputados. No entanto, a proposta enfrenta resistência de setores políticos, incluindo o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).


O julgamento da denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros integrantes do “Núcleo 1” ocorrerá nos dias 25 e 26 de março, em três sessões no STF. A análise será conduzida pela 1ª Turma do Supremo, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.


Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os demais investigados passarão à condição de réus, respondendo criminalmente ao processo. Entre os alvos da acusação estão figuras como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira, Augusto Heleno e Braga Netto.


O desfecho do julgamento pode impactar significativamente o futuro político de Bolsonaro, que já declarou que sua ausência nas eleições de 2026 seria uma negação da democracia no país.

LEIA ON-LINE GRATUITAMENTE OU ADQUIRA UMA DAS VERSÕES DA EDITORA CLANDESTINO.

Todos os arquivos estão disponíveis gratuitamente, porém, ao adquirir um de nossos arquivos, você contribui para a expansão de nosso trabalho clandestino.

ÚLTIMAS POSTAGENS

bottom of page