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Bombardeio no Sudão deixa pelo menos 126 mortos em área próxima a Cartum


FOTO: UNICEF
FOTO: UNICEF

Ao menos 126 civis perderam a vida em um bombardeio realizado na última segunda-feira (13) pelo exército sudanês na região de Dar al-Salam, no município de Ombada, a oeste de Cartum. O ataque, descrito como "aleatório" pela Câmara de Emergência de Ombada, atingiu uma área residencial controlada pelas Forças de Apoio Rápido (FAR), grupo paramilitar em conflito com as forças regulares do Sudão.


O bombardeio provocou a interrupção de serviços essenciais, como eletricidade, internet e comunicações na região. A escassez de suprimentos médicos e equipamentos de primeiros socorros agrava a situação dos feridos, muitos dos quais não resistiram às lesões.


Suliman Abderrahman, membro de uma organização que contabiliza vítimas do conflito, informou que o número de mortos subiu para 126 nas últimas horas, com a confirmação de novos óbitos entre os feridos em estado grave.



Conflitos e acusações mútuas

Enquanto as FAR acusam o exército sudanês pelo ataque, uma fonte militar negou qualquer envolvimento da aviação regular no bombardeio, apesar de o município de Ombada ser amplamente controlado pelos paramilitares e ter sido cenário de confrontos intensos desde abril de 2023.


O ataque ocorre em meio a uma ofensiva das forças regulares para retomar Cartum, atualmente sob domínio das FAR. Após reconquistar a cidade estratégica de Wad Madani, ao sul da capital, o exército intensificou os esforços para cercar a capital a partir de áreas vizinhas, como Omdurman e Cartum Norte.


Desde o início do conflito, tanto o exército quanto as FAR enfrentam acusações de crimes de guerra e contra a humanidade. A guerra já resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas e no deslocamento de mais de 14 milhões de sudaneses, que foram forçados a deixar suas casas devido à violência generalizada.


A crise humanitária no Sudão continua a se agravar, com a comunidade internacional pressionando por um cessar-fogo e uma solução negociada para o conflito.

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