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Foto do escritorSiqka

Conhecendo um irmão no campo de refugiados palestinos de Dheisheh

A chuva caiu assim que colocamos os pés em Ramallah. O primeiro compromisso do dia foi uma entrevista com Hussam Gush, Diretor do Centro Cultural Sakakini. A entrevista foi ótima, e Abu Khaled é um ótimo tradutor. Quando encerramos, tomamos um café e expliquei para Abu Khaled que iria até o centro de Ramallah conhecer o amigo Muath Amarneh, mas que depois voltaria para nos encontrarmos próximo à academia onde Ayman treina Muay Thai. Acho que se não estivesse tão frio, a Di já teria feito um treino também.

 



Troquei algumas mensagens com Muath pelo caminho. Ele pediu desculpas, atrasaria um pouco devido à chuva. Enquanto esperávamos, a Di resolveu comprar um vestido[1] que vinha namorando desde Hebron. Entramos em uma loja e fomos recebidos por um “buenos dias”, despejados por um senhor muito simpático. O homem parecia muito contente por poder “hablar um poquito con nosotros”; devia estar esperando há um tempo por aquela oportunidade. No passado, aquele senhor optou por morar fora, uma tentativa de fugir da ocupação israelense, assim como tantos outros palestinos. Ele viveu um tempo em Porto Rico até que decidiu voltar para sua casa, sua terra e seus costumes.

 

Desde que comecei a conviver com os palestinos, venho presenciando o que chamam de “palestinidade”. Esse conceito é usado para explicar os vínculos dos palestinos com sua terra e com sua cultura. A “palestinidade” inata, é o que os identifica como indivíduos. Esse fenômeno acontece até mesmo com aqueles que já nascem na diáspora. Por exemplo: quando um palestino nasce na Jordânia, ele não deixa de ser palestino. Seus documentos, sua comunidade, escolas, trabalhos e acesso a todos os serviços públicos são fornecidos de acordo com sua condição de nascimento. Para esses palestinos da diáspora, eles podem ter começado a vida fora do território, mas, geralmente, a maioria da sua família permanece na Palestina, a que eles são proibidos de entrar. Um palestino que nasce filho de um refugiado, cresce ouvindo as histórias de seus pais e seus avós, e tudo em suas vidas se relaciona a “NeverLand” que “nunca” poderão conhecer. Ouvi relatos de várias pessoas que sonham em conhecer os tios e tias, avós, primos e outros parentes que ainda permanecem na Palestina. É como se aquilo tudo os identificassem como o que nasceram para ser, palestinos!

 

— Ah, mais e os israelenses não podem sentir o mesmo? — E a identidade judaica?

 

David Ben-Gurion[2], nasceu na Polônia. Moshe Sharett, nasceu na Ucrânia. Levi Eshkol, nasceu em Kiev, Ucrânia. Yigal Allon, nasceu na Palestina, mas seus pais emigraram da Bielorrússia. Golda Meir, nasceu na Ucrânia; quando criança migrou para os EUA; e quando jovem migrou para Palestina. Yitzhak Rabin, nasceu na Palestina, seus pais nasceram na Ucrânia e Bielorrússia. Menahem Begin, nasceu na Bielorrússia. Yitzhak Shamir, nasceu na Bielorrússia. Shimon Peres, nasceu na Polônia. Benjamin Netanyahu, o primeiro da lista nascido em Israel, seus pais vieram da Polônia. Ehud Barak, nasceu no Estado de Israel, seus pais vieram da Lituânia. Ariel Sharon, nasceu na Palestina durante o Mandato Britânico, seus pais são de Tiblisi, na Geórgia. Ehud Olmert, nasceu na Palestina durante o Mandato Britânico, seus pais são da Ucrânia e Rússia. Naftali Bennett, nasceu em Haifa (Território Palestino Ocupado em 1948), seus pais são dos Estados Unidos e suas avós da Polônia, Alemanha e Holanda. Yair Lapid, nasceu em Tel Aviv; seu pai nasceu na Iugoslávia (atual Sérvia) e seus avós paternos na Hungria; seus avós maternos são originários da Transilvânia (atual Romênia). Todos nesta lista foram primeiros-ministros do Estado de Israel, alguns, mais de uma vez. O que quero dizer é que, se você perguntar para qualquer palestino, onde seus avós, ou dependendo da idade seus pais estão enterrados, ele te dirá Palestina. Se perguntar onde estão seus familiares ou quais histórias cresceu ouvindo ele dirá o mesmo, já que toda a sua vida ainda está entrelaçada com sua terra. Se fizer as mesmas perguntas para um israelense, ele vai contar histórias e mostrar que sua relação é com algum país da Europa, provavelmente um que tenha sido parte do Império Russo, onde o Czar permitia e até incentivava os pogroms contra os judeus.

 

Toda pessoa tem o direito de procurar uma vida melhor em outro lugar, o problema é quando essas pessoas transformam a vida dos nativos um inferno. Os crimes cometidos contra os judeus por toda Europa e em diferentes épocas, são crimes injustificáveis, cruéis e desumanos, porém nenhum desses crimes foi cometido por palestinos. O mundo tem sim uma dívida com o povo judeu que deve ser paga, mas não as custas do povo palestino. – Quando será que a comunidade internacional entenderá que a tentativa de saudar a dívida do holocausto deveria assumir as responsabilidades sobre ela, não jogar nas costas do povo palestino. – Comunidade Internacional, sua dívida agora é com o povo palestino!

 

“Israel não é um Estado de toda a sua cidadania [...] é o Estado do povo judeu e apenas deles”. Postagem publicada pelo Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, 2018.

 

Que os judeus possam se identificar como um grupo unido por sua religião, isso é completamente compreensível, no entanto, eles não podem dizer que estão unidos como grupo étnico; até porque o hebraico[3], idioma oficial em Israel, foi adotado para criar uma identidade nacional fictícia e facilitar a comunicação entre imigrantes que falavam diversos idiomas diferentes. Antes disso, os primeiros-ministros israelenses, seus pais e avós, falavam russo, ucraniano, polonês, alemão e outros idiomas europeus, há pelo menos 2 mil anos. Assim, o sentimento de pertencimento palestino é uma característica étnica e o judaísmo é uma característica religiosa. Por conta dessa mesma “palestinidade”, depois de décadas morando no Caribe, aquele senhor estava de volta à sua terra, e vendendo lindos vestidos de bordados tão originalmente palestinos como ele.

 

“O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence. Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar? A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.” Mahatma Gandhi, em 1938.

 

Muath mandou mensagem, fomos encontrá-lo. Ele parecia nervoso, mesmo estando com dois celulares nas mãos, por conta da chuva, nenhum deles tinha sinal; e como também não falava inglês, sentiu-se incomodado por não conseguir se comunicar. Eu escrevi no meu tradutor, mas Muath não podia responder porque meu celular não possui os caracteres para escrever árabe. Como que um lapso, olhei para o Muath e para Di e soltei um “yalla, yalla”. Voltamos até o senhor que falava espanhol para poder traduzir pelo menos cinco minutos de nossa conversa.

 

O senhor, extremamente prestativo, traduziu que o Muath estava nos convidando para ir até sua casa no campo de Dheisheh, em Bethlehem. Pedi para o tradutor dizer que já estava tarde e que não poderíamos ir e voltar a tempo. A Di olhou para mim e quase me bateu “O cara saiu nesse temporal e dirigiu até aqui para te conhecer, você vai mesmo deixar ele ir embora?” Realmente eu nem tinha pensado nisso, estava preocupado com o transporte e com a violência dos soldados e colonos atacando carros palestinos na estrada, mas a Di tinha razão. Antes do tradutor terminar, corrigi dizendo novamente “yalla, yalla”.

 

Tudo que tinha para chover na Palestina parece que choveu hoje, mas o dia começou a mudar assim que entramos no carro. O céu se abriu, o sol apareceu e deu até para tirar uma camada de casaco. Muath parou conosco em algumas partes da estrada, conhecemos uma fonte natural e alguns locais que não estão e nenhum mapa turístico. Em uma das paradas, caminhamos por uma trilha em direção a um riacho, mas como havia chovido, o rio estava transbordado e tivemos que retornar. Mais adiante, o carro parou novamente no acostamento e descemos. Estávamos no alto de uma colina, abaixo de nós se estendia um profundo e longo vale. Apontando para uma cadeia de montanhas que se erguiam no horizonte, nosso amigo nos certificou que aquela era a Jordânia. Tão perto e tão longe. Queríamos muito ter conhecido esse país, principalmente as cidades de Omã e Petra, mas vai ficar para próxima, por hora, nos contentamos em apenas observar o horizonte.

 

Seguimos por mais alguns quilômetros até Muath perceber que estava no horário da oração. Ele nos pediu licença e parou novamente o carro, mas não sem antes escolher a vista mais bela de todas. Ele pegou seu tapete e estendeu no local mais alto, a qual pegava os últimos raios do sol. Olhando para Muath, pensei em todos os outros palestinos, sírios e afegãos que cruzamos pelo caminho, todos religiosos. Fiquei pensando em tudo que essas pessoas haviam passado por suas vidas até o ponto que nossos caminhos se cruzaram. Percebi que apesar de minha arrogância ser tão grande quanto minha descrença, nem se comparava ao tamanho da fé daquelas pessoas. Me senti um ignorante completo, e um idiota por tantas vezes ter descredibilizado as crenças alheias. A Di, minha mãe, e todas as pessoas com quem refutei sobre Deus estavam certas, e eu estava errado. Não que tenha tido uma iluminação espiritual, ou tenha de uma hora para outra acreditado em uma divindade soberana, mas me senti injusto por reclamar tanto da vida enquanto outros (com verdadeiros motivos para reclamar) estavam apenas agradecendo. Compreendi que enquanto eu reclamava, pessoas que sofreram tantas perdas, uma dor que eu não tenho nem como descrever, estavam parando suas vidas no meio da estrada para agradecer por aquele momento do dia; Muath agradecia por nos conhecer e eu me sentia um bosta de não agradecer por tê-lo conhecido. Nunca em minha vida eu senti vontade de orar, algumas vezes, eu cheguei a repetir as palavras na missa, ou mesmo negociar e fazer as minhas exigências para Deus; mas nunca, nunca mesmo, senti vontade de agradecer por mais um dia de vida; mas ali com Muath, achei que não tinha o direito de não o acompanhar. O que senti, falei para Deus ou as palavras que joguei aos ventos, é algo que ainda estou tentando decifrar. Quem sabe um dia, quando tiver uma opinião menos arrogante e deixar de ser um bosta, eu possa colocar em palavras, mas hoje, ainda não estou pronto.

 

Chegamos no Campo de Dheisheh à noite. Este campo foi estabelecido como abrigo temporário para três mil pessoas expulsas de Jerusalém e Hebron durante a Nakba. Como em todos os campos de refugiados dentro da Palestina, ou em outros países limítrofes, essas pessoas nunca puderam voltar, portanto, transformaram o que era temporário em permanente, e o que era três mil pessoas se multiplicou em dezenas de milhares. O Campo de Dheisheh, também se tornou muito importante para a luta de libertação nacional, principalmente durante os eventos da Primeira Intifada, quando a única entrada e saída foi fechada pelo exército israelense com cercas e arames farpados. Toda história, batalhas e mártires, estão estampados em grafites nos muros de Dheisheh. Lendo tudo que já escrevi sobre sua casa, Muath sabia que era importante para mim estar ali. Ele dirigiu um pouco por aquelas ruas estreitas, uma a uma, apontava para as casas e dizia os nomes das pessoas que habitavam ou habitaram um dia, alguns que eu conhecia bem a história. Não fosse pela chuva que voltou a cair, eu teria pedido para descermos para caminhar um pouco.

 

Muath estacionou e nos convidou para entrar, era sua casa. Seus filhos chegaram para nos receber. As crianças estavam muito curiosas, principalmente sua filha de 11 anos. A menina trouxe uns copos pequenos para nos servir, pensei “Será que é álcool?” Não bebemos há pelo menos uns sete anos, e não queria a voltar a beber logo hoje, seria difícil, mas eu teria que recusar; como fazer isso pelo Google tradutor é que é complicado. Peguei o copo, a Di perguntou o que era, cheirei e disse que não sabia. A esposa de Muath entrou na sala e me pegou com o nariz dentro do copo, ela sorriu e, sem menosprezar minha ignorância, disse uma única palavra “Zamzam”. — “Ufa!” Resmunguei baixo para Di.

 

Segundo o islamismo, o anjo Jibril (Gabriel) abriu o Poço para Hagar (serva egípcia de Sara, também esposa de Abraão) e seu filho Ismael não morrerem de sede no deserto. O poço fica próximo à Kaaba[4] na cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita. Milhões de peregrinos que viajam à Meca todos os anos trazem água desse poço, ao qual dizem possuir propriedades medicinais e divinas. Coincidência ou não, ontem havíamos conversado com a Ruayda sobre essa água, e hoje estávamos ali prontos para provar. Fomos servidos da água de Zamzam não uma, mas duas vezes; uma das maiores honras que um visitante estrangeiro pode receber em uma casa de muçulmanos.

 

Conversamos todos pelo celular até que sua esposa nos trouxe um jantar maravilhoso. Comemos todos juntos. Um tio de Muath chegou, um homem muito educado, sua voz ecoava pela sala com toda calma do mundo. Ele estava entusiasmado para saber mais sobre nós, e nós, ainda mais para saber sobre ele, afinal estávamos na presença do Mufti[5] da cidade de Belém, um dos mais queridos da Palestina. Enquanto conversávamos com o Mufti, outro tio de Muath, esse bem mais velho, chegou para ajudar com a comunicação. O velhinho morou um tempo no Brasil e na Argentina. Apesar de estar há mais de 40 anos sem falar português ou espanhol, conseguiu traduzir nossa conversa muito bem. A Di não conseguia disfarçar, ela não tirava o olho daquele senhor e eu sabia exatamente o porquê. Esse segundo tio de Muath tinha todos os trejeitos do seu João, o avô da Di falecido há pouco tempo. O mesmo jeito encolhido na cadeira, jeito de sorrir, coçar a cabeça, andar, se movimentar com dificuldade, falar, absolutamente tudo naquele senhor lembrava o Sir John. Percebi que a Di ficou emocionada e eu sabia que era saudade. Conversamos muito com toda família.

 

A hospitalidade Palestina não tem comparação. Ficamos algumas horas com a família Amarneh, até que pedi, contra vontade, para nosso anfitrião nos deixar no local onde pegaria o transporte para Ramallah, ele insistiu que nos levaria até lá. Insisti um pouco mais que já era tarde e que ele já tinha dirigido muito. Ele insistiu ainda mais. Não tinha como debater se íamos ou não com ele de volta para Ramallah, pedi pelo menos para ajudar com a gasolina, Muath encerrou a assunto.

 

A chuva não deu trégua nem no caminho de volta. A Di pediu para que eu parasse de falar com Muath (pelo celular) porque iria atrapalhar ele a dirigir. Mas eu não conseguia parar de falar e pelo jeito, ele também não. Passamos o dia todo assim, escrevendo e traduzindo pelo celular. Eu escrevi em português e mostrava para ele, que; traduzia a resposta enquanto dirigia e me mostrava de volta. A Di tentou dormir para não ver o momento exato do acidente. Realmente, a estrada de Belém é perigosa, em uma das curvas, Muath puxou o volante com força, jogando o carro de lado e cantando pneu. A Di deu um pulo no banco de trás perguntando o que tinha acontecido. Meio a uma curva fechada, havia um monte de areia derrubado no meio da pista, e Muath conseguiu tirar o carro a tempo. Olhei para Di, ela estava pálida, tentei acalmá-la dizendo: – Israel pode até ter arrancado um olho dele, mas o que sobrou é bom mesmo! A Di não achou graça e ficou ainda mais brava. Traduzi o que tinha dito para Muath, ele sim riu, mas disse: nem tanto, ou você acha que estou usando óculos para o olho que não tenho? – O que sobrou também não funciona muito bem! Ouvir, isso de um motorista que está dirigindo em uma estrada perigosa à noite, com chuva enquanto traduz mensagens no celular não é muito confortável, admito.

 

Muath nos levou até a portaria da universidade de Birzeit, lá, liguei para Abu Khaled que foi nos buscar com Ayman. Abu Khaled chegou rindo de nossa aventura, quanto mais contávamos sobre nosso dia, mais Abu Khaled e Ayman riam. Ayman não conseguia acreditar que fizemos tudo aquilo em um único dia sem saber falar árabe, “tem coisa que não tem explicação pequeno gafanhoto”, disse para Ayman. Ficamos todos ali conversando uns dez minutos na frente da universidade, até que percebemos que Abu Khaled estava com o carro estacionado em fila dupla, e havia uma viatura da polícia atrás, esperando para passar. Muath nos deu um abraço apertado, e foi embora.

 

Já em casa, repassei os áudios gravados da entrevista com o diretor do museu Sakakini com Abu Khaled. A Di, não conseguia disfarçar o cansaço, ela queria apenas um banho quente e a cama, eu também, mas ainda precisava transcrever o material.


 

 

[1] Os viajantes estrangeiros para a Palestina no final do século XIX e início do século XX frequentemente comentavam sobre a rica variedade de vestidos entre o povo palestino e, em particular, o fellaheen ou as mulheres da aldeia. Até a década de 1940, a maioria das mulheres palestinas podiam decifrar o status econômico de uma mulher, casada ou solteira, e a cidade ou área de onde vieram, pelo tipo de tecidos, cores, cortes e bordados. Vestido é pronunciado “thoub” em árabe. O êxodo palestino de 1948 levou a uma interrupção nos modos tradicionais de vestimenta e costumes, já que muitas mulheres que haviam sido deslocadas não podiam mais ter tempo ou dinheiro para investir em roupas bordadas complexas.

[2] David Ben-Gurion, nasceu na Polônia e migrou para a Palestina em 1906. Se tornou um dos líderes do Sionismo Trabalhista, quando em 1938, afirmaria em uma das reuniões ‘Se eu soubesse que seria possível salvar todas as crianças da Alemanha ao trazê-las para a Inglaterra ou apenas metade ao transportá-las para à Terra de Israel, então eu optaria pela segunda alternativa. Pois temos que tomar em consideração não apenas as vidas destas crianças, mas também a história do povo de Israel.’” Ben-Gurion foi um dos maiores genocidas do povo palestino, após a Nakba, tornou-se o primeiro-ministro do autointitulado Estado de Israel.

[3] Em 2018, o Knesset aprovou a polêmica Lei do Estado Nação Judeu, dentre tantos itens discriminatórios contra a população palestina, estava declara o hebraico como único idioma oficial em Israel.

[4] Kaaba é o edifício no centro da mesquita mais importante do Islã, a Masjid al-Haram em Meca, na Arábia Saudita. É o local mais sagrado do Islã, uma das cinco obrigações dos muçulmanos é a peregrinação (ao menos uma vez na vida) para a Cidade Sagrada. Os muçulmanos acreditam que a Kaaba foi reconstruída várias vezes ao longo da história, principalmente por Abraão e seu filho Ismael, quando ele retornou ao vale de Meca vários anos após deixar sua esposa Hagar e Ismael lá sob o comando de Allah.

[5] Um Mufti é um acadêmico islâmico a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica, e qualificado do Alcorão para resolver os pontos controvertidos da lei. Em alguns países, o Mufti é nomeado oficialmente.

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