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Trump "escreve" carta ao Irã que nunca foi vista por ninguém

Foto do escritor: ClandestinoClandestino

O governo iraniano afirmou que manterá conversas com outros negociadores, mas se recusa a dialogar com os Estados Unidos enquanto a administração Trump insistir em sua política de sanções econômicas contra a República Islâmica. A declaração foi feita pelo ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, à AFP em 7 de março.


 Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi
 Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi

"Se os Estados Unidos desejam voltar a um novo acordo nuclear com o Irã, devem seguir os princípios de uma negociação justa. Não responderemos à linguagem da pressão e da ameaça, mas sim à linguagem do respeito e da dignidade, como sempre fizemos", declarou Araghchi.


O presidente Donald Trump anunciou que enviou uma carta ao governo iraniano buscando um acordo sobre o programa nuclear de Teerã, supostamente endereçada ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei. No entanto, o representante permanente do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, desmentiu a informação: "Trump diz que enviou uma carta ao Irã. Não recebemos nada."


Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistem na narrativa de que o Irã busca construir uma arma nuclear, enquanto Teerã defende que seu programa nuclear tem fins pacíficos e civis. Netanyahu, por sua vez, faz pressão para que EUA e Israel iniciem uma guerra contra o Irã, enquanto Trump segue promovendo sua "campanha de pressão máxima", visando paralisar as exportações de petróleo iraniano.


"Existem duas opções: a guerra ou um acordo. Eu prefiro um acordo, porque não quero prejudicar o Irã. Eles são pessoas maravilhosas", disse Trump em entrevista à Fox Business. Entretanto, ele também alertou: "Se tivermos que intervir militarmente, será terrível para eles."


Durante o governo Obama, os EUA assinaram um acordo nuclear com o Irã, conhecido como Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA), que reduziu sanções em troca de limites ao enriquecimento de urânio. No entanto, em 2018, sob pressão de Netanyahu, Trump retirou os EUA do acordo, intensificando a tensão entre os dois países.


O cenário político iraniano também enfrenta turbulências internas. Em meio a uma crise econômica agravada por sanções, a Assembleia Consultiva Islâmica destituiu Abdolnaser Hemmati do cargo de ministro da Economia e Assuntos Financeiros, citando a desvalorização da moeda e o aumento do custo de vida. Além disso, Mohammad-Javad Zarif, vice-presidente de Assuntos Estratégicos, renunciou após polêmicas sobre sua elegibilidade para o cargo, devido à dupla nacionalidade de seus filhos.


Diante desse cenário caótico, a suposta carta de Trump ao Irã permanece um mistério. Diplomacia, delírio ou apenas mais uma das mentiras contadas pelos direitistas para gerar ibope? Teerã segue negando qualquer diálogo enquanto Washington mantiver sua política de sanções e ameaças.

 

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