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Com apenas cinco mulheres eleitas presidentes em todo o mundo em 2024, igualdade de gênero na política está a 130 anos de ser alcançada

A participação feminina nos mais altos cargos de liderança política global permanece alarmantemente baixa. Em 2024, apenas cinco mulheres foram eleitas como chefes de Estado entre 31 pleitos presidenciais diretos realizados ao redor do mundo.


Islândia, Moldávia, México, Namíbia e Macedônia do Norte foram os países onde candidatas femininas conquistaram a presidência, sendo esta a primeira vez na história para os três últimos.


O levantamento da ONU Mulheres também destacou que, até outubro de 2024, apenas 29 países contavam com mulheres no papel de chefes de Estado ou de governo. A projeção da agência aponta que, no ritmo atual, a igualdade de gênero nos mais altos cargos políticos será alcançada apenas em 2154, ou seja, daqui a 130 anos.


No âmbito legislativo, a representação feminina em parlamentos permaneceu estagnada em 27%. Entre 39 países analisados, 15 registraram aumento no número de mulheres eleitas, enquanto 24 apresentaram retrocessos.


Cotas de gênero demonstraram ser fundamentais para impulsionar essa participação. Na República Dominicana, por exemplo, houve um aumento de oito pontos percentuais na presença de mulheres. Por outro lado, entre os 16 países que não adotam cotas, 12 viram declínios na representação feminina.


Atualmente, apenas seis países têm 50% ou mais de mulheres em seus parlamentos: Ruanda (61%), Cuba (56%), Nicarágua (54%), Andorra, México, Nova Zelândia e Emirados Árabes Unidos (todos com 50%).


Cuba: mulheres são maioria no parlamento e em cargos de direção
Claudia Sheinbaum Pardo é uma engenheira e política mexicana, atual presidente do México, eleita nas eleições gerais em 2024.

Liderança feminina ainda é exceção

A ONU Mulheres ressaltou avanços em países como México e Reino Unido, que formaram gabinetes paritários após eleições recentes, estabelecendo precedentes importantes para a governança inclusiva.


Contudo, a diretora-executiva da agência, Sima Bahous, destacou que a liderança feminina continua sendo uma exceção. “Normas prejudiciais, violência e falta de vontade política ainda limitam a participação das mulheres”, afirmou Bahous.



Recomendações para o futuro

Desde o início da história política moderna, apenas 87 países foram liderados por uma mulher. Com o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim se aproximando, a ONU Mulheres enfatiza a urgência de implementar cotas de gênero, nomeações estratégicas e reformas legais para combater preconceitos sociais e violência contra mulheres na política.


A agência também reforça a necessidade de maior compromisso dos Estados-membros para garantir que a igualdade de gênero não seja apenas uma promessa, mas uma realidade alcançada.

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