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Conflito ou diplomacia? A RDC negocia a paz e, ao mesmo tempo, a exploração internacional

Nos últimos dias, a situação na República Democrática do Congo (RDC) tem sido marcada por reviravoltas no conflito envolvendo o grupo rebelde M23 e iniciativas "diplomáticas" para a busca de paz na região.


O governo da RDC anunciou sua participação nas negociações de paz com o M23, previstas para começarem em Luanda, Angola, na terça-feira, 18 de março. Esta decisão representa uma mudança na postura do presidente Félix Tshisekedi, que anteriormente se opunha a negociações diretas com o grupo rebelde.


Félix Tshisekedi, presidente da RDC
Félix Tshisekedi, presidente da RDC

O M23, apoiado por Ruanda, também confirmou o envio de uma delegação para as conversações. O conflito, intensificado desde janeiro com a tomada de cidades estratégicas como Goma e Bukavu, resultou em pelo menos 7.000 mortes e deslocou cerca de 600.000 pessoas desde novembro, conforme dados da ONU.


Paralelamente, o presidente Tshisekedi se reuniu com o legislador norte-americano Ronny Jackson para discutir o conflito no leste do país e explorar oportunidades de investimento dos EUA na RDC. A reunião ocorre em um momento em que os EUA demonstram interesse em parcerias minerais em troca de apoio militar, dado o vasto potencial da RDC em recursos como cobalto, lítio e urânio.


Em dezembro de 2024, o Conselho da União Europeia prorrogou por mais um ano as medidas restritivas contra 23 indivíduos e uma entidade na RDC. As sanções visam aqueles envolvidos em violações de direitos humanos, obstrução de processos eleitorais e apoio ao conflito armado no país.


Os últimos eventos na RDC refletem a complexidade da situação, marcada por conflitos armados, iniciativas diplomáticas e envolvimento de potências internacionais na busca pelos minerais do país, o que sempre foi o motivo de todos os males do povo congolês.

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