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EUA pressiona Síria e Líbano a normalizarem relações com Israel, enquanto resistência se prepara para revidar

Em um movimento que mistura diplomacia agressiva e pressão econômica, os Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, estão intensificando esforços para forçar a Síria e o Líbano a normalizarem relações com Israel. A estratégia, que já incluiu acordos controversos como os "Acordos de Abraão", agora mira dois dos países mais instáveis da região, levantando preocupações sobre uma reação violenta e o fortalecimento da resistência local.


O enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, expressou otimismo durante um discurso no Centro para um Novo Oriente Médio, em Washington, sugerindo que a Síria e o Líbano poderiam seguir o exemplo de nações como os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que recentemente normalizaram laços com Israel. No entanto, analistas alertam que a realidade no terreno é muito mais complexa.


A Síria, ainda em frangalhos após mais de uma década de guerra civil, é um campo de batalha para interesses conflitantes. Enquanto Israel busca expandir sua influência no sul do país, a Turquia e as milícias curdas apoiadas pelos EUA competem por controle em outras regiões. Qualquer tentativa de normalização com Israel pode colidir com as ambições turcas e desestabilizar ainda mais o país.


O governo Trump parece querer uma Síria fragmentada e enfraquecida, que seja mais fácil de controlar e moldar de acordo com seus interesses, algo que só alimentaria a resistência e a instabilidade.


O atual líder da Síria é Ahmed al-Sharaa, que assumiu a presidência interina em 29 de janeiro de 2025, após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. Al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammad al-Jolani, foi líder do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), uma organização descendente da Al-Qaeda.
O atual líder da Síria é Ahmed al-Sharaa, que assumiu a presidência interina em 29 de janeiro de 2025, após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024. Al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammad al-Jolani, foi líder do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), uma organização descendente da Al-Qaeda.

No Líbano, a normalização com Israel é um tema explosivo. A lei libanesa criminaliza explicitamente qualquer aproximação com Tel Aviv, e movimentos de resistência como o Hezbollah têm amplo apoio popular. Em 1982, uma tentativa semelhante de normalização resultou em um acordo que durou menos de um ano antes de ser derrubado pela resistência armada.


Enquanto os EUA e Israel pressionam por uma nova onda de normalização, o Eixo de Resistência – que inclui grupos como o Hezbollah e o Hamas – está se preparando para enfrentar o que chamam de "agenda imperialista". A Operação Tempestade de Al-Aqsa, que marcou uma virada no equilíbrio de poder regional, serviu como um alerta de que a resistência armada ainda é uma força a ser detonada.


"Os EUA estão jogando com fogo", alertou um líder da resistência. "Eles podem tentar impor sua vontade através de sanções e cercos, mas a história mostra que a resistência sempre encontra uma maneira de sobreviver e lutar."



Hezbollah
Hezbollah


O Futuro da Região

A questão agora é se a Síria e o Líbano sucumbirão à pressão dos EUA e de Israel ou se manterão firmes em sua rejeição à normalização. Enquanto Washington busca capitalizar os recentes reveses do Eixo de Resistência, muitos acreditam que a região está à beira de uma nova era de conflitos e instabilidade.


"Esta é uma batalha decisiva", concluiu um analista regional. "Ou a região mantém sua identidade e resiste, ou entra em uma fase de fragmentação e submissão que pode durar décadas."


Enquanto isso, o mundo observa com atenção, sabendo que o resultado desta queda de braço terá repercussões globais.

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