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Foto do escritorMohammed Hadjab

Gadi Eisenkot e a Doutrina Dahiya: A Estratégia Israelense de Força Desproporcional

Gadi Eisenkot é um militar israelense que ocupou o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças de Ocupação de Israel (IOF) entre 16 de fevereiro de 2015 e 15 de janeiro de 2019, quando foi sucedido por Aviv Kochavi. Eisenkot, o primeiro chefe do Estado-Maior de origem judaico-marroquina, é conhecido pela formulação da polêmica Doutrina Dahiya, em 2008. Essa estratégia militar preconiza bombardeios massivos em retaliação a ataques provenientes de territórios civis utilizados como bases por grupos terroristas.

A Doutrina Dahiya é concebida para contextos de guerra assimétrica em áreas urbanas e defende o uso de força desproporcional contra zonas civis de onde partem ataques, com o objetivo de estabelecer dissuasão. No entanto, essa abordagem contraria os princípios fundamentais do direito internacional humanitário, que exige a distinção clara entre alvos civis e militares.

O nome da doutrina faz referência ao bairro xiita de Dahiya, em Beirute, considerado um reduto do Hezbollah antes de ser devastado pela força aérea israelense durante o conflito israelo-libanês de 2006.

A primeira formulação pública dessa estratégia ocorreu em outubro de 2008, em uma entrevista à agência Reuters. Na ocasião, Eisenkot declarou:

"O que aconteceu ao bairro de Dahiya, em Beirute, em 2006, acontecerá a todas as aldeias que servirem como base para ataques contra Israel. Usaremos força desproporcional [nessas áreas] e causaremos grandes danos e destruição. Do nosso ponto de vista, não se tratam de aldeias civis, mas de bases militares. Isso não é uma recomendação, mas sim um plano que foi aprovado. Atacar a população é a única maneira de conter Nasrallah." Gadi Eisenkot

A doutrina continua a ser amplamente debatida devido às suas implicações éticas e jurídicas, principalmente por seu impacto devastador sobre populações civis em zonas de conflito.

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