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Guerra israelense no Líbano já deixa mais de 3.000 mortos e 1,3 milhão de deslocados internos e refugiados para países vizinhos

A guerra israelense em curso no Líbano, intensificada pelos ataques aéreos israelenses e os mísseis lançados pelo Hezbollah em Israel, já causou a morte de mais de 3.000 pessoas, de acordo com informações de agentes humanitários da ONU divulgadas nesta quarta-feira (6). O número de mortos, registrado desde o início do conflito em 8 de outubro de 2023, é 58% superior às 1.900 vítimas do conflito de 34 dias entre Israel e o Hezbollah, ocorrido em 2006.


A ONU, por meio de seu escritório de coordenação de ajuda (OCHA), afirmou que, em 1º de novembro, pelo menos 71 pessoas morreram em ataques aéreos. O OCHA alertou que o conflito alcançou um “ponto crítico”, com 1,3 milhão de deslocados internos e refugiados para países vizinhos.


A situação humanitária no país continua a se deteriorar, especialmente nas regiões de Haret Saida, no sudoeste, e Baalbek, no leste, afetadas por intensos bombardeios. O OCHA destacou ainda o aumento das necessidades de assistência, à medida que os ataques aéreos israelenses se intensificam.


Em resposta à crescente demanda, a ONU enviou suprimentos médicos vitais para o Hospital Geitaoui, o único centro especializado em queimados do Líbano. O número de pacientes com queimaduras aumentou significativamente devido à escalada do conflito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também forneceu kits cirúrgicos e tratamentos para 50 pacientes, incluindo muitos civis gravemente feridos, dos quais 25% são crianças. O centro de queimados, que começou com 10 leitos, agora conta com 25, para atender à demanda crescente de cuidados intensivos.


Imran Riza, Coordenador Humanitário da ONU no Líbano, condenou os ataques contra equipes de saúde e infraestrutura médica, destacando que os profissionais de saúde estão sendo alvos de uma “forte ofensiva” e que é crucial garantir que possam continuar prestando socorro à população.


Agravamento da crise em Gaza

A crise humanitária não se limita ao Líbano. Em Gaza, as condições continuam a piorar, com tentativas fracassadas de entregar alimentos a regiões sitiadas no norte de Gaza, devido a bloqueios impostos por Israel. A escassez de suprimentos ameaça interromper o funcionamento de cozinhas que produzem até 400.000 refeições diárias para a população.


A situação no Hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, continua crítica, com o estabelecimento sendo alvo de ataques semana passada. A falta de recursos essenciais, como oxigênio e água, agrava a condição dos pacientes, especialmente recém-nascidos, que estão entre os mais afetados. A UNICEF alertou que pelo menos 4.000 bebês em Gaza foram privados de cuidados médicos adequados devido à destruição da infraestrutura hospitalar.


A ONU também expressou preocupação com os riscos explosivos em Gaza, devido ao grande volume de destroços e à presença de munições não detonadas, que representam uma ameaça iminente para os civis. Estima-se que mais de 42 milhões de toneladas de entulho, contendo resíduos de guerra, estejam espalhadas pela região.


Apelos por um fim imediato ao conflito

Muhannad Hadi, Coordenador de Ajuda da ONU para o Território Palestino Ocupado, pediu o fim imediato da violência, descrevendo a situação em Gaza como uma crise humanitária sem precedentes. “Isso não é um lugar para humanos sobreviverem”, disse Hadi, apelando por uma solução urgente para encerrar a guerra e aliviar o sofrimento da população.


A ONU continua a intensificar seus esforços para fornecer apoio humanitário à população afetada, mas enfrenta desafios significativos devido às restrições de acesso e ao aumento da violência no terreno.

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