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Irã pede ação conjunta contra ressurgimento de grupos terroristas na Síria

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, destacou a necessidade de uma resposta imediata e coordenada para conter o avanço de grupos terroristas na Síria. Em um alerta, Baqaei apontou as graves consequências da inação diante da crescente atividade de facções extremistas na região.


Baqaei expressou preocupação com o aumento da violência promovida por grupos Takfiri [1], chamando a atenção para a importância da colaboração regional e internacional. Ele descreveu os recentes movimentos desses grupos na Síria como parte de uma "conspiração calculada", supostamente liderada por potências como os Estados Unidos e o "regime sionista", visando desestabilizar a Ásia Ocidental.


O porta-voz destacou que as áreas de Aleppo e Idlib, classificadas como zonas de desescalada pelos acordos do Processo de Astana entre Irã, Rússia e Turquia, estão entre as mais afetadas pelos recentes confrontos. Ele condenou os ataques de grupos extremistas nessas regiões, classificando-os como violações dos tratados e alertando para o risco de um novo ciclo de conflitos na região.


Baqaei também homenageou o brigadeiro-general Kioumars (Hashem) Pour Hashemi, conselheiro militar iraniano morto recentemente em combates contra grupos terroristas próximos a Aleppo. O diplomata elogiou a dedicação do general e estendeu suas condolências à sua família, reforçando o compromisso do Irã na luta contra o terrorismo.


Por fim, Baqaei reafirmou o apoio do Irã ao governo e ao povo sírios, afirmando que Teerã continuará a oferecer assistência para restaurar a segurança e a estabilidade no país. Ele instou a comunidade internacional a cumprir sua responsabilidade na luta contra o terrorismo, advertindo que qualquer hesitação pode comprometer os avanços obtidos nos últimos anos e mergulhar a região em uma nova onda de instabilidade.


 

[1] Takfiri é um termo usado no contexto islâmico para descrever indivíduos ou grupos que acusam outros muçulmanos de apostasia (abandono da fé islâmica) ou descrença. Essa prática, conhecida como takfir, é amplamente controversa e tem implicações graves, pois, na perspectiva de alguns grupos extremistas, a acusação de apostasia pode justificar atos de violência contra os acusados, incluindo execuções. O termo é frequentemente associado a grupos extremistas que utilizam interpretações rígidas e exclusivistas do Islã para declarar outros muçulmanos como "infiéis" ou "não verdadeiros muçulmanos". Esses grupos consideram que aqueles que não seguem suas visões específicas da fé islâmica são passíveis de punição. Exemplos notórios de grupos classificados como Takfiri incluem organizações como o ISIS (Estado Islâmico) e a Al-Qaeda, que têm como base ideológica essas acusações para justificar ataques tanto contra muçulmanos quanto contra não-muçulmanos. No Islã, a prática de declarar alguém apóstata é altamente polêmica e rejeitada pela maioria dos estudiosos e comunidades muçulmanas, que consideram o takfir uma distorção das verdadeiras intenções e ensinamentos da religião.

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