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Ataque israelense em Gaza mata funcionário da ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) está verificando os detalhes do ataque a um de seus complexos na Faixa de Gaza, ocorrido na quarta-feira (20), segundo Jorge Moreira da Silva, chefe do Escritório das Nações Unidas para Serviços de Projetos (UNOPS). Durante uma coletiva de imprensa em Bruxelas, ele afirmou que o incidente não foi causado por qualquer ação do pessoal da ONU, que realizava a remoção de material explosivo não detonado no local.



De acordo com relatos da mídia, as Forças de Ocupação de Israel (IOF) negaram envolvimento no ataque. No entanto, Moreira da Silva destacou que as instalações eram amplamente conhecidas pelos militares israelenses e estavam "desconflitadas", ou seja, identificadas como áreas protegidas. "Todos sabiam que o pessoal trabalhando ali era da ONU, especificamente do UNOPS", ressaltou.


“Não foi um acidente”

O chefe do UNOPS classificou o ataque como um “incidente”, não um acidente, e afirmou que as investigações continuam para esclarecer a origem da munição explosiva que atingiu e detonou dentro do prédio. "Ainda não está claro se foi uma arma lançada do ar, artilharia ou um foguete", explicou.


O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque e reforçou que instalações humanitárias devem ser protegidas em qualquer cenário de conflito. Ele lembrou que essas estruturas são essenciais para a população civil e destacou que ataques contra elas violam o direito internacional.


Aumento da Violência em Gaza

O ataque ao complexo da ONU ocorre em meio à retomada dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, que já deixaram centenas de mortos desde segunda-feira (18). O local atingido, situado em uma área isolada de Deir al-Balah, já havia sofrido danos na terça-feira (19) e esteve próximo de ser atingido na segunda-feira (18).


Diante da escalada da violência, Moreira da Silva afirmou que a prioridade da ONU agora é garantir a evacuação dos funcionários feridos. "Permanecemos em Gaza para fornecer ajuda essencial. No último ano e meio, perdemos colegas no cumprimento do dever, incluindo um motorista de caminhão de ajuda", declarou.


As equipes do UNOPS realizam um trabalho humanitário fundamental na região, fornecendo combustível, removendo explosivos e gerenciando o Mecanismo 2720 da ONU, criado para acelerar a entrega de assistência ao enclave.


Em nota oficial, Guterres pediu uma investigação completa sobre o ataque e alertou que, desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, pelo menos 280 funcionários da ONU foram mortos em Gaza. O secretário-geral reiterou a necessidade urgente de um cessar-fogo, a garantia de acesso humanitário e a libertação imediata de reféns.


"A proteção de civis deve ser prioridade absoluta em qualquer operação militar", enfatizou Guterres.

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