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Foto do escritorMohammed Hadjab

Quando Israel calculava o número de calorias necessárias para os residentes da Faixa de Gaza

Israel calculou a quantidade de calorias consumidas pelos residentes da Faixa de Gaza para evitar a desnutrição durante o bloqueio imposto entre 2007 e 2010, segundo documentos do Ministério da Defesa israelense tornados públicos por decisão judicial.


Para a organização israelense de direitos humanos Gisha, o verdadeiro objetivo do Estado judeu era enfraquecer o Hamas, que governa esse território palestino desde 2007.


“O objetivo oficial dessa política era reajustar essa ‘guerra econômica’ para paralisar a economia da Faixa de Gaza e, segundo o Ministério da Defesa, exercer pressão sobre o Hamas”, afirmou a ONG.


2.279 calorias diárias para evitar a desnutrição


O cálculo integra um estudo cujo acesso foi autorizado pelo Supremo Tribunal israelense após solicitação da Gisha. Intitulado Consumo Alimentar na Faixa de Gaza – As Linhas Vermelhas, o estudo determinava que a ração calórica diária para evitar desnutrição seria de 2.279 calorias. Segundo o relatório, para "manter um tecido básico de vida," o Estado israelense deveria permitir a entrada diária de 106 caminhões com alimentos e itens essenciais. Antes do bloqueio, cerca de 400 caminhões entravam diariamente na Faixa de Gaza.


De acordo com o Serviço Nacional de Saúde Britânico (NHS), um homem adulto necessita, em média, de 2.500 calorias por dia para manter seu peso, enquanto uma mulher precisa de 2.000 calorias.


A política de restrição, no entanto, não visava à morte por inanição, mas à limitação deliberada de alimentos, impondo sofrimento controlado aos palestinos para pressioná-los politicamente.


Quanto cinismo!

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