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Número de jornalistas mortos em Gaza ultrapassa total das duas Guerras Mundiais

Uma investigação conduzida pela rede Al Jazeera do Líbano e pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) revelou que pelo menos 232 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos na Faixa de Gaza até 26 de março de 2024. O dado, divulgado em um relatório do Instituto Watson de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade Brown, indica que o número supera as mortes registradas entre profissionais da imprensa em todas as grandes guerras do último século, incluindo a Guerra Civil dos EUA, as duas Guerras Mundiais, a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã e os conflitos nos Bálcãs e no Afeganistão pós-11 de setembro.


O estudo, intitulado "Cemitérios de notícias: como os perigos para os repórteres de guerra colocam o mundo em risco", destaca que a média de mortes chega a 13 por mês, um número sem precedentes na história do jornalismo de guerra. A maioria dos jornalistas mortos ou feridos em Gaza são profissionais locais, que atuam sem os recursos e a segurança proporcionados às equipes de correspondentes estrangeiros.




A restrição imposta por Israel ao acesso de repórteres estrangeiros à Faixa de Gaza, somada aos assassinatos de jornalistas palestinos, compromete a cobertura dos eventos na região. "Com menos jornalistas treinados para relatar os acontecimentos em Gaza, há uma lacuna crítica na forma como essas informações chegam ao público internacional, principalmente nos Estados Unidos", alerta o jornalista investigativo norte-americano Nick Turse, autor do relatório.



Ataques a jornalistas são classificados como crimes de guerra

A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) identificou pelo menos 35 casos em que jornalistas palestinos foram diretamente alvejados por forças israelenses devido ao seu trabalho, configurando violações graves do direito internacional. Além disso, dados do Sindicato dos Jornalistas Palestinos indicam que cerca de 380 profissionais da imprensa foram feridos nos primeiros meses de 2024.


A guerra na Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, já deixou um saldo de mais de 50.400 palestinos mortos, a maioria mulheres e crianças, além de aproximadamente 112.000 feridos. A destruição em larga escala e a morte de jornalistas levantam sérias preocupações sobre a liberdade de imprensa e o direito à informação em um dos conflitos mais violentos da atualidade.



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