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O que está acontecendo na RD do Congo? "Por segurança, precisei me refugiar em Bukavu, mas meus pensamentos permanecem em Goma, junto aos meus pais idosos, que dependem de mim." – Justin Mulindwa

[07:43, 26/01/2025] Justin RDC: Acordamos sob o ar frio, com um clima incerto e nossos ouvidos abafados pelos sons dos obuses e bombas, além das balas no front.


Desde sexta-feira, há um corte geral de energia em Goma devido aos confrontos no eixo Kibumba-Goma, que danificaram as linhas de energia que abastecem a cidade.


Na manhã deste domingo, 26 de janeiro, houve pânico generalizado no território de Nyiragongo. As populações das localidades de Turunga, Buhené e da área conhecida como Vision 2020, em Kihisi, estão abandonando suas regiões e migrando para a cidade de Goma.


Essas pessoas relatam um ataque dos rebeldes do M23, vindo do marco de fronteira número 13, e o avanço dos tiros de armas leves e pesadas em direção à cidade de Goma.


Os campos de deslocados, que estavam instalados nas áreas mais altas do território de Nyiragongo, também foram esvaziados. A cidade de Goma, já sobrecarregada, está sendo forçada a acolher, contra sua vontade, esse fluxo de deslocados de guerra.


Vale lembrar que, na comunicação feita na véspera, os rebeldes haviam dado um prazo de 48 horas para que o exército regular depusesse as armas.


Como solicitado, acabo de fazer uma pequena atualização sobre a situação em Goma.


Informo que, por questões de segurança, dirigi-me para Bukavu.


Todos os meus pensamentos e minha consciência estão em Goma, onde estão meus pais idosos, que dependem inteiramente de mim. Compartilho com vocês essa angústia que toma conta da minha mente neste momento.


[07:43, 26/01/2025] Justin RDC: Relembramos que, na manhã de hoje, também houve sons de tiros na fronteira entre Ruanda e nosso país. Não podemos ignorar que as bombas no front do eixo Kibumba-Goma estão vindo de Ruanda, uma informação muito importante.


Além disso, foi observada uma mobilização massiva do exército ruandês na fronteira.




Justin Mulindwa, colaborador clandestino, é um jovem estudante e ativista de Goma, na República Democrática do Congo. Ele atua na ONG BEL AV, que oferece apoio às vítimas e refugiados do país, organizando e distribuindo refeições para os deslocados.

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