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Coréia do Sul: estão proibidas atividades políticas, manifestações públicas e ações sindicais. Todos os meios de comunicação estão sob controle militar, com penas para "notícias falsas"

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial na noite de terça-feira, alegando a necessidade de proteger a democracia do país contra uma suposta "insurgência" fomentada pela oposição política. A medida, inédita desde o fim da ditadura militar nos anos 1980, gerou protestos intensos nas ruas e uma crise política no Parlamento.


Segundo o decreto, estão proibidas atividades políticas, manifestações públicas e ações sindicais. Todos os meios de comunicação estão sob controle militar, com penalidades severas para a divulgação de "notícias falsas". O comandante militar designado, general Park An-soo, anunciou que violações podem resultar em prisões sem mandado judicial.


No Parlamento, a oposição, liderada por Lee Jae-myung, criticou duramente a decisão. "Esta declaração é ilegal e um ataque à democracia", afirmou Lee. Os parlamentares adotaram uma resolução exigindo a revogação imediata da medida. A legislação sul-coreana determina que, uma vez aprovada tal resolução, o presidente deve acatar "sem demora".


Manifestantes se reuniram em massa nos arredores da Assembleia Nacional, confrontando a polícia e soldados. Gritos de "Fim à lei marcial!" ecoaram enquanto forças de segurança bloqueavam tentativas de invasão do edifício.


Até mesmo aliados de Yoon expressaram descontentamento. Han Dong-hoon, líder do partido governista Poder Popular, declarou em redes sociais que a decisão do presidente "está errada" e prometeu unir-se à população para reverter o decreto.


Especialistas alertam que a declaração pode comprometer liberdades civis e gerar instabilidade econômica. A moeda sul-coreana sofreu queda significativa frente ao dólar após o anúncio.


A comunidade internacional também reagiu. Os Estados Unidos, que mantêm cerca de 30 mil tropas na Coreia do Sul, declararam estar monitorando a situação de perto. Já a China orientou seus cidadãos no país a evitarem saídas desnecessárias e manifestações públicas.


A declaração de Yoon ocorre em meio a uma crescente impopularidade, com índices de reprovação superiores a 70%. Observadores avaliam que a medida pode aprofundar a crise política e polarizar ainda mais o país.

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