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Macron confirma permanência até 2027 e promete novo primeiro-ministro após renúncia de Barnier

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (6) que seguirá no cargo até o final de seu mandato em 2027, apesar das turbulências políticas que culminaram na renúncia do primeiro-ministro Michel Barnier.


A saída de Barnier ocorreu após a Assembleia Nacional aprovar um voto de desconfiança, encerrando o mandato mais curto de um premiê na história moderna da França.


Barnier, ex-negociador do Brexit e escolhido por Macron em setembro, enfrentou resistência feroz tanto da Nova Frente Popular (NPF), de esquerda, quanto da União Nacional (RN), de direita, em meio a debates sobre cortes no orçamento da previdência social e aumento de impostos.


Em resposta à crise, Macron criticou a aliança entre os dois blocos opositores, chamando-a de "frente anti-republicana" e descartou apelos por sua renúncia ou novas eleições antes de julho de 2024. "Não vou arcar com a irresponsabilidade de outras pessoas", declarou o presidente em seu primeiro discurso público após a renúncia de Barnier.


A proposta de Barnier para reduzir € 40 bilhões em gastos e aumentar € 20 bilhões em impostos aprofundou o impasse político. Ele utilizou a mesma legislação controversa empregada por Macron para aumentar a idade de aposentadoria, medida que gerou ampla rejeição entre os legisladores e a população.


O RN, liderado por Marine Le Pen, ameaçou o voto de desconfiança caso o governo não aceitasse uma série de demandas. A instabilidade parlamentar reflete um cenário raro na política francesa: um governo minoritário fragilizado e um parlamento profundamente dividido.


Macron afirmou que anunciará um novo primeiro-ministro nos próximos dias, mas até lá Barnier permanecerá como interino. O presidente, que tem poder exclusivo para nomear o chefe de governo, não descartou a possibilidade de escolher alguém fora do partido dominante.


A crise ressalta as dificuldades enfrentadas pela segunda maior economia da zona do euro, descrita como tendo "uma montanha de dívidas" e enfrentando um cenário político mais fragmentado do que em qualquer outro momento das últimas gerações.

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