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Mãe do diretor do hospital Kamal Adwan falece após prisão e tortura do filho em Gaza

A mãe do Dr. Hussam Abu Safiya, diretor do hospital Kamal Adwan, em Gaza, faleceu nesta quarta-feira, vítima de um ataque cardíaco, duas semanas após o sequestro e tortura de seu filho pelas forças israelenses.


Dr. Hussam Abu Safiya
Dr. Hussam Abu Safiya

A notícia foi confirmada por meios palestinos, que destacaram o impacto emocional devastador que o encarceramento do médico, reconhecido por sua coragem e dedicação, teve sobre sua família. Abu Safiya tornou-se uma figura nacional ao permanecer em seu posto para atender pacientes e feridos, mesmo sob ameaças de bombardeio pelo exército israelense, que atacou e incendiou o hospital em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, em 27 de dezembro.


O Dr. Abu Safiya foi detido um dia após o ataque ao hospital e está atualmente preso na prisão militar de Sde Teiman, conhecida por seus métodos brutais de tortura. De acordo com Munir al-Bursh, diretor do Ministério da Saúde palestino em Gaza, o médico apresenta sinais claros de espancamento e maus-tratos. Inicialmente, as autoridades israelenses negaram sua prisão, mas posteriormente confirmaram a detenção.


Dr. Hussam Abu Safiya
Dr. Hussam Abu Safiya

A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou profunda preocupação com a detenção do médico e exigiu sua libertação imediata.


"É essencial que cessem os ataques contra hospitais e profissionais de saúde. O povo de Gaza precisa de acesso à assistência médica sem medo ou restrições", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A organização Médicos pelos Direitos Humanos-Israel (PHRI) denunciou que Abu Safiya não teve acesso a um advogado, impedindo uma avaliação justa sobre suas condições de detenção.


O Dr. Abu Safiya enfrentou perdas irreparáveis nos últimos meses. Em 26 de outubro de 2024, perdeu seu filho Ibrahim durante o ataque israelense ao hospital Kamal Adwan. Em 24 de novembro, o médico ficou ferido em um bombardeio direcionado à mesma instalação médica. Apesar disso, continuou cumprindo suas funções em meio a uma pressão extrema.


Organizações de direitos humanos e a comunidade internacional seguem exigindo que Israel cesse os ataques contra instalações médicas e trabalhadores da saúde em Gaza, destacando a necessidade urgente de proteger os direitos fundamentais em meio ao conflito.

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