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Novidade: O Globo distorce cenário internacional para atacar Lula

Em editorial publicado na terça-feira (23), o jornal O Globo traçou um paralelo controverso entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sob a acusação comum de “populismo econômico”. A comparação, no entanto, parece menos interessada em examinar a conjuntura internacional e mais voltada a sustentar uma narrativa antiga e desgastada contra o atual governo brasileiro.




A motivação do texto foi a nova investida de Trump contra Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. No entanto, ao invés de aprofundar os riscos reais associados à postura autoritária de Trump, o jornal preferiu colocar Lula na mesma categoria — ignorando diferenças fundamentais de contexto e conduta institucional. Lula, diferentemente de Trump, nunca ameaçou demitir o presidente do Banco Central, embora tenha feito críticas públicas à condução da política de juros por Roberto Campos Neto, o que é legítimo no campo democrático.


As falas de Lula ecoam um descontentamento amplo, especialmente entre setores produtivos como indústria e comércio, que denunciam os impactos de uma política monetária excessivamente restritiva. Questionar essa orientação, em meio à queda da inflação e crescimento econômico, não é populismo — é política em sua essência, baseada no direito à divergência institucional.


Enquanto isso, Trump aposta em medidas que colocam em risco o comércio global, alimentam a inflação internacional e provocam pânico nos mercados, como as reiteradas ameaças de demissão de Powell. O próprio Globo admite esses impactos, mas suaviza sua gravidade ao buscar um suposto equilíbrio narrativo — tratando de maneira semelhante dois líderes que agem de forma diametralmente oposta.


O governo brasileiro segue tentando reforçar a soberania e a integração regional, como nas articulações para a Cúpula China-Celac marcada para maio. Mas parte da imprensa insiste em operar como linha auxiliar da oposição e do sistema financeiro. O debate público precisa de mais honestidade e menos manipulação — e isso inclui a responsabilidade de grandes veículos de comunicação.

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