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"Não vamos aceitar que decidam sobre nós sem nós". Rússia expõe hipocrisia ocidental e dita as condições para encerrar conflito na Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, destacou os objetivos claros de Moscou na operação militar na Ucrânia, durante entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson. Lavrov enfatizou que a Rússia está aberta a negociações, mas reiterou que as condições para um acordo devem respeitar a soberania e os interesses de segurança do país.


Lavrov refutou as acusações de que o presidente Vladimir Putin estaria evitando negociações e lembrou que, em 2022, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky proibiu oficialmente qualquer diálogo com Moscow.


"Por que não pedem a ele [Zelensky] que revogue publicamente essa ordem? Isso seria um sinal de que ele realmente busca negociações", questionou o chanceler russo.

Termos propostos pela Rússia

O ministro apontou para o discurso de Putin em junho, no qual os termos russos foram detalhados: a retirada das forças ucranianas de territórios considerados russos, o respeito aos direitos da população de língua russa e a transformação da Ucrânia em um estado neutro e não nuclear.


"O princípio-chave é o status de não alinhamento da Ucrânia. Sem OTAN, sem bases militares estrangeiras e sem exercícios com tropas estrangeiras em solo ucraniano", afirmou Lavrov.

Legitimidade e princípios internacionais

Lavrov defendeu que os objetivos russos estão alinhados tanto com a Carta das Nações Unidas quanto com os princípios da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que preveem que nenhum país ou organização deve expandir sua segurança às custas de outros.


"A OTAN violou esses princípios ao expandir suas fronteiras em detrimento da nossa segurança. Nossa posição é legítima e baseada nesses acordos internacionais", argumentou.

Críticas ao Ocidente

O chanceler também criticou o que chamou de tentativas do Ocidente de determinar o destino da Rússia sem a participação de Moscow. "Não vamos aceitar que decidam sobre nós sem nós", declarou, destacando que o apoio do ocidente à Ucrânia contradiz seus próprios compromissos públicos.


Lavrov concluiu reafirmando que os objetivos da Rússia são justos e coerentes com os direitos e princípios internacionais, enquanto acusou o Ocidente de ignorar as causas profundas do conflito e de buscar uma solução que favoreça apenas seus interesses estratégicos.

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