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O congolês e Prêmio Nobel da Paz de 2018, Denis Mukwege, condenou a inação internacional no conflito no leste da RDC e exigiu sanções contra Ruanda

O renomado ginecologista congolês e Prêmio Nobel da Paz de 2018, Denis Mukwege, criticou a comunidade internacional pela falta de ações concretas para deter o conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC). Em uma publicação na rede social X, Mukwege também pediu sanções econômicas e políticas contra o governo de Ruanda, acusado de apoiar o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23).



Denis Mukwege
Denis Mukwege


Mukwege questionou a passividade global diante da crise no leste do país:


“Quando a comunidade internacional deixará de fechar os olhos à tragédia congolesa e tolerar violações sistemáticas do direito internacional e dos direitos humanos?” Denis Mukwege

Ele destacou que é hora de abandonar as condenações simbólicas e adotar medidas efetivas, incluindo sanções contra o governo de Kigali, que ele descreveu como "um regime criminoso".


Escalada das Tensões Entre RDC e Ruanda

O pronunciamento ocorre em meio ao aumento das tensões diplomáticas entre RDC e Ruanda. No sábado, o governo congolês anunciou a retirada de sua equipe diplomática de Ruanda e ordenou o fechamento da embaixada ruandesa em Kinshasa. A decisão foi tomada após a intensificação dos combates entre o M23 e as forças armadas congolesas, que têm ocorrido com apoio de milícias aliadas.


Enquanto Ruanda nega envolvimento direto com o M23, investigações da ONU confirmaram a colaboração entre Kigali e o grupo rebelde. Por outro lado, Ruanda e o M23 acusam o exército congolês de trabalhar em conjunto com as Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda (FDLR), uma milícia criada por ex-líderes do genocídio de 1994.


Tropas do governo congolês se posicionam fora de Goma - Moses Sawasawa - AP Photo
Tropas do governo congolês se posicionam fora de Goma - Moses Sawasawa - AP Photo

Cenário de Instabilidade

Denis Mukwege, que foi candidato à presidência nas eleições de 2023, tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos humanos na RDC. Seu apelo reflete a urgência de ações internacionais para aliviar a crise humanitária e deter a violência que afeta milhares de civis no leste do país.


O avanço do M23 e as acusações mútuas entre RDC e Ruanda ressaltam a complexidade do conflito e a necessidade de uma intervenção coordenada para estabilizar a região.

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