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Os campos de concentração de tortura e mortes de Netanyahu




Imagem de um prisioneiro vendado em Sde Teiman - CNN

Bashar al-Assad não era nenhum santo, pelo contrário. Após sua saída do poder na Síria, a imprensa ocidental não cansa de trazer à tona histórias sobre suas masmorras enquanto exercia seu poder no país. Porém, essa mesma mídia não demonstra nenhuma comoção e sonega a verdade sobre os quase 10 mil palestinos encarcerados, por Israel e seu regime sionista liderado pelo Benjamin Netanyahu.


São pessoas submetidas a uma série de abusos como torturas, estupros e até roubo de órgãos. Depois de 7/10/23, mais de 5 mil pessoas foram sequestradas pelo estado sionista. Homens, mulheres, idosos e até crianças que estão detidos sem qualquer processo legal.


Segundo a International Fundacion Solidarity with Prisioners, desde 2015, mais de 20 mil presos passaram pelas prisões israelenses como Sde Teiman, Megiddo, Ofer, entre outros campos de concentração sionistas em que há umaa rotina da  tortura, estupros, humilhações e fuzilamentos, desde 1967, mais de 1 milhão! De acordo com movimentos de direitos humanos, 561 palestinos estão cumprindo prisão perpétua e 533 condenados a penas de mais de 20 anos, incluindo 40 mulheres, inclusive grávidas; 250 crianças, algumas com idade inferior a dez anos; 3.410 presos administrativos; e, pasmem, 15 deputados legitimamente eleitos para o Conselho Legislativo Palestino.



Palestinos sequestrados são liberados em situação deplorável


A cada prisioneiro que é libertado das prisões de ocupação, vem à tona novos e aterrorizantes capítulos de tortura, abuso, opressão e sofrimento O fotojornalista palestino Muath  Amarneh foi libertado da prisão de Al-Naqab, no dia 9/07/24, após uma detenção arbitrária que durou nove meses. Em 2019, durante uma reportagem, ele foi baleado pelas forças israelenses, resultando na perda de um olho.

Muath que mora em Belém, cidade do território ocupado da Cisjordânia, pelas forças sionistas, foi submetido a vários tipos de tortura durante a sua detenção.  Não prisão foi espancado e ouviu ameaças de seus algozes que disseram que iriam estuprar as mulheres de sua família. Ao ser libertado ficou evidente a deterioração de saúde e de seu estado psicológico.  Em cativeiro sofreu negligência médica contínua, apesar de ter diabetes.

O advogado do fotojornalista afirmou que o visitou na prisão e descobriu que Muath desenvolveu inchaço no pé devido aos maus-tratos da administração penitenciária. O jornalista brasileiro Lucas Siqueira do clandestino entrevistou Muath Amarneh (pelo canal do Monitor do Oriente) após ele deixar a prisão. (https://www.monitordooriente.com/20240722-memo-entrevista-jornalista-muath-amarneh-apos-nove-meses-preso-por-israel/).


O fotojornalista ainda segue vivo.


O fisiculturista quebrado por Israel


Em julho de 2024, o mundo conheceu outro caso emblemático que revela o horror promovido por Israel nos territórios ocupados. Muazzez Abayat é mais um palestino, açogueiro, também de Belém, que sofreu os horrores de uma prisão sionista por nove meses. Abayat, que também era fisiculturista amador, pesava 109 kg, sendo totalmente musculoso, mas  ao sair pesava apenas 55 kg. Ao deixar a prisão mal conseguia andar e ficar de pé. Suas imagens circularam nas mídias sociais, causando grande impacto. 

Segundo o pai do campeão, Abayat sofreu torturas que ocasionaram fraturas nas mãos e pés, queimaduras nas pernas, ferimentos na cabeça e perda de memória. Ao sair ele não reconheceu sua família, incluindo sua esposa, filhos e pais. 

Nenhuma acusação foi apresentada contra Abayat durante os nove meses. Ele estava sob detenção administrativa, o que permitia que um prisioneiro fosse detido sem acusação formal, a critério do comandante militar israelense local.

Uma reportagem do Middle East Eye contou momentos de seu sofrimento: “não consigo tirar a prisão da minha cabeça e não consigo me lembrar. Ainda estou vivendo na prisão. Tenho a prisão dentro de mim”, disse o fisiculturista enquanto estava internado no hospital. Link da reportagem https://www.middleeasteye.net/news/palestine-west-bank-muazzaz-abayat-prison-interview


O Caso do Dr. Abu Safiya


O caso mais recente que chama atenção é do pediatra e diretor do Hospital Kamal Adwan de Gaza, Hussam Abu Safiya, que foi sequestrado na sexta-feira (27/12) após se recusar a sair até que todos os pacientes fossem evacuados. O Kamal Adwan é um dos últimos hospitais em funcionamento limitado no norte de Gaza, com apenas dois médicos restantes.

Ex-detentos de Sde Teiman, uma base militar que mantém palestinos sequestrados, no deserto de Negev, em Israel, perto da fronteira com Gaza, dizem que o médico e outros colegas de trabalho vítimas do ataque ao Kamal Adwan estão sendo mantidos na base, conforme reportagem publicada pela CNN - https://edition.cnn.com/2024/12/29/middleeast/kamal-adwan-hospital-director-detained-hnk-intl/index.html

A prisão do Dr. Abu Safiya é mais um ataque sionista ao sistema de saúde de Gaza e aos profissionais que nele trabalham. Até o momento, Israel matou mais de mil trabalhadores e deteve mais 230, dos quais 130 permanecem sob custódia sem qualquer justificativa.

Cabe lembrar que o direito internacional concede proteção especial aos profissionais de saúde, pois atacá-los e todo o sistema de saúde representa uma ameaça direta às populações em situação de guerra.


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