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Os Estados Unidos continuam a oferecer apoio militar a grupos rebeldes em Ruanda e Uganda, facilitando a exploração ilegal dos recursos minerais da República Democrática do Congo (RDC)

Os países vizinhos Ruanda e Uganda estão profundamente envolvidos na exploração ilegal dos recursos minerais da República Democrática do Congo (RDC), contribuindo para a violência que tem assolado a região oriental há mais de 30 anos. O grupo rebelde M23, apoiado por Ruanda, intensificou suas atividades nos últimos anos, resultando em um aumento alarmante da violência e no deslocamento em massa de populações locais.


As Nações Unidas têm denunciado repetidamente o apoio de Ruanda ao M23, apresentando provas concretas do "envolvimento direto" das Forças de Defesa Ruandesas no conflito, além de fornecer "armas, munições e uniformes" aos rebeldes. Uganda também é implicada, uma vez que permitiu que o M23 operasse em seu território sem restrições.


RDC 2023 © Michel LunangaMSF Relacionado

Apesar dessas evidências contundentes, potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos, continuam a oferecer apoio a ambos os países, incluindo assistência militar. Isso ocorre mesmo diante das proibições legais que supostamente impedem o financiamento de atividades que desestabilizem a região.


Em outubro de 2023, o Departamento de Estado dos EUA incluiu Ruanda em uma lista por violar o Child Soldiers Prevention Act (CSPA), devido ao recrutamento de crianças-soldados pelo M23. No entanto, o apoio a Uganda permanece inalterado.


O impacto da guerra na RDC é devastador, principalmente para mulheres e crianças, que enfrentam a brutalidade da violência e sofrem as consequências da chamada “maldição dos recursos”. É fundamental que a comunidade internacional intervenha para prevenir tais atrocidades e ofereça apoio àqueles afetados, assegurando seus direitos e dignidade diante da ganância corporativa por minerais.

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