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Parasita: A mídia terá coragem de chamar o que Yoon Suk Yeol fez na Coreia do Sul pelo nome que merece: golpe contra a democracia?

  • Foto do escritor: Siqka
    Siqka
  • 3 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

"A Coréia do Norte é uma Ditadura". - Ah ocidente, e agora, o que você dirá????


Na noite de 3 de dezembro de 2024, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, declarou lei marcial, revelando sua face autoritária e deixando-nos perplexos. Como diria Humberto Gessinger: “Duas Alemanhas, duas Coreias, tudo se divide, tudo se separa.” Mas nem é sobre divisão que estamos falando. É sobre como a mídia escolhe retratar um lado ou outro. Vamos aos fatos.


Sob um discurso repleto de paranoia e acusações infundadas contra a oposição, Yoon fechou o Parlamento e selou um pacto sombrio com os militares, liderados pelo general Park An-Su. O cenário em Seul é desolador: tanques nas ruas, forças de segurança invadindo o Congresso, a democracia sul-coreana em colapso, censura desenfreada e ameaças severas à imprensa que ousar desafiar a narrativa oficial. Como a mídia descreveria isso se fosse "a outra Coreia"?


A justificativa para essa agressão às instituições democráticas é uma narrativa manipulada: Yoon acusa o Partido Democrata, liderado pelo ex-presidente Moon Jae-in, de colaborar com a Coreia do Norte e cometer "atividades antiestatais". Uma acusação tão absurda que não engana nem o mais apático politicamente. Tanto que a Assembleia Nacional rejeitou, por unanimidade, a imposição da lei marcial. Repito: unanimidade! Dos 190 parlamentares presentes, nenhum apoiou o autoritarismo de Yoon, desmascarando a falácia de sua retórica sobre um Legislativo "corrompido".


E qual foi a resposta do governo? Brutalidade. Forças de segurança cercaram e invadiram o Parlamento, transformando a capital em um campo de batalha. O retorno de Yoon à lógica militarista remete aos anos sombrios de 1961 a 1987, quando a Coreia do Sul viveu sob uma ditadura que esmagava direitos humanos e reprimia brutalmente seus cidadãos. Nunca ouviu falar disso? Mas aposto que conhece a versão equivalente do outro lado da península.


O que presenciamos não é a defesa da nação, mas um líder desesperado para se agarrar ao poder enquanto enfrenta sua própria irrelevância política. Yoon Suk Yeol é o arquétipo do tirano moderno: um idiota trajado de democrata, armado com as ferramentas da opressão, tal qual Trump, Biden, Zelensky, Netanyahu e Bolsonaro. Todos vestem o disfarce democrático, mas governam com punhos autoritários. E se Yoon ainda não tentou forjar um atentado contra si mesmo, só falta a "fakeada" para completar o manual.


Para encerrar, lembro do filme sul-coreano "Parasita", que ganhou reconhecimento internacional há poucos anos. A trama narra como uma família pobre arquiteta um golpe para se infiltrar na vida de uma família rica. Não gostei do filme, mas a alusão ao caso de Yoon Suk Yeol é perfeita. Então, fica a pergunta: a mídia ocidental tratará Yoon como o parasita que ele é ou continuará tocando K-pop para desviar a atenção?



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