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"Quem recebe navios de Israel não é um de nós": Protestos em Marrocos denunciam apoio ao genocídio com chegada de navio americano carregado de armas para Israel em Tânger

Nesta segunda-feira, centenas de cidadãos marroquinos reuniram-se no porto de Tânger, no norte de Marrocos, para protestar contra a chegada de um navio com bandeira americana, acusado de transportar armas destinadas a Israel, atualmente envolvido em ações militares contra Gaza.


Manifestantes expressaram indignação com o recebimento do navio "Maersk Denver", que atracou em Tânger após ter sua entrada recusada nos portos espanhóis. Durante o protesto, ecoaram palavras de ordem como "Quem acolhe navios de Israel não é um de nós". A embarcação havia sido impedida de atracar na Espanha, com o governo espanhol se posicionando contra a concessão de licenças de ancoragem para o navio.


Apesar das acusações, a empresa Maersk, responsável pelo transporte, negou que o navio carregasse "armas ou munições". Em resposta, a Frente Marroquina de Apoio à Palestina, grupo defensor dos direitos palestinos, criticou a decisão das autoridades marroquinas de permitir a chegada do navio, afirmando que, após ser descarregado, o armamento seguiria para a cidade israelense de Haifa.


Este episódio marca a segunda vez que Marrocos permite a entrada de embarcações supostamente ligadas ao fornecimento de armas para Israel, gerando polêmica e forte oposição popular. A Frente Marroquina de Apoio à Palestina considerou a ação uma "decisão vergonhosa" e acusou o governo de "conspirar com os EUA e com o exército israelense, envolvido em ataques contra o povo palestino."


A tensão ocorre no contexto de um conflito intensificado em Gaza, que, desde outubro de 2023, deixou milhares de mortos. Grupos de defesa dos direitos humanos alertam que o apoio indireto ao abastecimento de armas para Israel pode constituir violação das resoluções da ONU e da Convenção sobre Genocídio.

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