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Protestos e tensões políticas na Geórgia



Nos últimos dias, a Geórgia tem sido palco de intensas manifestações populares contra o governo pró-Rússia, após o anúncio da suspensão das negociações de adesão à União Europeia até 2028. Milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital, Tbilisi, resultando em confrontos com a polícia, que utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar a multidão. Centenas de pessoas foram detidas, e há relatos de feridos entre manifestantes e policiais.


O Kremlin expressou preocupação com a possibilidade de uma "revolução colorida" na Geórgia, semelhante à Revolução Laranja na Ucrânia em 2004. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que os eventos na Geórgia apresentam "todos os sinais" de uma tentativa de desestabilização inspirada em movimentos anteriores na região.


As chamadas "revoluções coloridas" referem-se a movimentos populares que ocorreram em países pós-soviéticos no início dos anos 2000, caracterizados por protestos não violentos que resultaram em mudanças de governo. A Geórgia já vivenciou uma dessas revoluções, conhecida como Revolução das Rosas, em 2003, que levou à renúncia do então presidente Eduard Shevardnadze.


Atualmente, a situação na Geórgia é tensa, com a comunidade internacional observando de perto os desdobramentos. A União Europeia expressou apoio ao povo georgiano e lamentou o afastamento do governo dos valores europeus. Enquanto isso, países bálticos, como Lituânia, Letônia e Estônia, impuseram sanções ao governo georgiano em resposta à repressão das manifestações.


Diante desse cenário, permanece a incerteza sobre se os protestos atuais evoluirão para uma nova "revolução colorida" ou se o governo conseguirá manter o controle sem ceder às demandas populares.

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