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RDC: 403 violações contra crianças – incluindo estupros de meninas de até cinco anos

A República Democrática do Congo (RDC) enfrenta uma escalada sem precedentes de violência e deslocamento em massa, segundo alerta feito por Bintou Keita, chefe da missão da ONU no país (MONUSCO), ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira. O avanço do grupo rebelde M23 sobre cidades estratégicas como Goma e Bukavu, no leste do país, tem agravado a instabilidade, com relatos de execuções sumárias, recrutamento forçado de crianças e violência sexual generalizada.


Keita denunciou que os insurgentes não apenas ocupam territórios, mas tentam impor uma "administração paralela", nomeando autoridades ilegítimas em Bukavu e Kivu do Norte. Desde o início do ano, mais de 100 civis foram executados extrajudicialmente, enquanto 403 violações graves contra crianças – incluindo estupros de meninas de até cinco anos – foram registradas.





A crise humanitária se aprofunda, com mais de 100 mil deslocados apenas em Ituri, onde confrontos entre milícias CODECO e Zaire devastam comunidades próximas a zonas de mineração. O acesso a ajuda humanitária está bloqueado por insegurança e fechamento de aeroportos, enquanto o Plano de Resposta da ONU para 2025 recebeu apenas 8,2% do financiamento necessário.



Fragilidade diplomática e desafios da MONUSCO

Apesar da retirada parcial das tropas da ONU em 2024, o governo congolês pediu a prorrogação do mandato da missão até o fim de 2025. Keita destacou esforços da MONUSCO, como o desarmamento de 2.200 combatentes no grupo Zaire, mas admitiu que a ocupação do M23 em Goma paralisou negociações de paz.


A mediação regional, liderada pela União Africana e Angola, ainda não obteve avanços. Enquanto isso, discursos de ódio contra grupos étnicos, como tutsis e congoleses de língua suaíli, alimentam tensões.


Keita exigiu ações concretas contra violadores de direitos humanos e renovou o chamado por um cessar-fogo incondicional. "A comunidade internacional não pode ignorar o colapso social na RDC", afirmou, alertando para riscos de uma catástrofe humanitária prolongada.



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