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Resposta de Putin à proposta de cessar-fogo

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que Moscou está disposta a discutir um cessar-fogo na Ucrânia, mas ressaltou que qualquer acordo deve garantir uma paz duradoura. Ele reafirmou a posição da Rússia de que não aceitará apenas uma interrupção temporária dos combates, mas sim um compromisso que trate das causas profundas do conflito.


A proposta de trégua temporária de 30 dias surgiu após uma reunião entre representantes de Washington e Kiev na Arábia Saudita, levantando questionamentos sobre sua viabilidade. Em resposta, Putin expressou gratidão pelo envolvimento de líderes internacionais, como os presidentes da China, Brasil e África do Sul, além do primeiro-ministro da Índia, na busca por uma solução diplomática.


O líder russo destacou que a aceitação de um cessar-fogo deve levar em conta o contexto da guerra e a situação no front. Ele argumentou que a Ucrânia, diante da atual conjuntura militar, pode estar pressionando os EUA para viabilizar a pausa nos combates.



Putin mencionou a situação na região de Kursk, onde forças ucranianas tentaram incursões no território russo. Segundo ele, essas tropas foram cercadas e perderam o comando sobre suas operações, o que reforça a necessidade de avaliar como um cessar-fogo impactaria a dinâmica do conflito. Ele questionou se os soldados ucranianos envolvidos nessas ações poderiam simplesmente se retirar sem enfrentar consequências ou se seriam obrigados a se render.


Outro ponto levantado pelo presidente russo foi a dificuldade de garantir que a trégua não seja usada por Kiev para reforçar suas forças, obter novos armamentos e treinar soldados recém-mobilizados. Ele ressaltou que a linha de contato entre os dois exércitos se estende por cerca de 2.000 quilômetros e que definir as condições para a verificação do cumprimento da trégua seria um grande desafio.


Apesar dessas preocupações, Putin reiterou que a Rússia apoia a ideia de resolver o conflito por meios pacíficos. No entanto, enfatizou a necessidade de um diálogo detalhado para esclarecer os termos do acordo e evitar que a trégua seja apenas uma oportunidade para a Ucrânia se reorganizar militarmente. Ele sugeriu que o tema pode ser discutido diretamente com o ex-presidente Donald Trump, caso necessário.


Com isso, Moscou sinaliza abertura para negociações, mas deixa claro que qualquer cessar-fogo deve ser baseado em garantias concretas e não apenas em uma pausa temporária dos combates.

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