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Simon sobreviveu ao holocausto, Hind Rajab não!

O que Simon Wiesenthal fez em vida, e deixou como legado foi a justiça, a luta incessante pela justiça. Da mesma forma que hoje fazem organizações como a Fundação Hind Rajab (HRF), uma ONG pró-Palestina com sede em Bruxelas, que através da advogada brasileira Maira Pinheiro reuniu elementos para formatar uma notícia-crime bem embasada com objetivo de prisão de um criminoso de guerra sionista que demoliu residências palestinas em corredores humanitários.

 

Em 2022, a menina palestina Hind Rajab de seis anos de idade foi morta por forças de ocupação israelenses em Gaza (Imagem família Rajab)
Em 2022, a menina palestina Hind Rajab de seis anos de idade foi morta por forças de ocupação israelenses em Gaza (Imagem família Rajab)

A Fundação foi criada há pouco tempo, em 2024, com intuito de rastrear acusados de crimes de guerra em Gaza, apresentando acusações similares em países como Argentina, Chipre, França e Sri Lanka, atuando também junto ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

 

O nome da fundação é inspirado em Hind Rajab, uma menina de seis anos foi assassinada em 2022, durante um ataque sionista em Gaza. Sua morte ocorreu quando a menina e sua família tentavam escapar de um bombardeio. Ela sobreviveu, mas teve o socorro impedido pelas forças de ocupação sionistas. Hind Rajab tornou-se um símbolo da violência enfrentada por civis em Gaza.

 

O que os advogados que atuam pela entidade fazem é a mesma coisa que Simon Wiensenthal, o caçador de nazistas fazia: recolher pistas de criminosos de guerra.


 

Uma história de luta por justiça

 

Sobrevivente de campos de concentração, Simon Wiesenthal passou por 12 campos antes de ser libertado por americanos no campo de Mauthausen, Áustria. Wiesenthal pesava 50 quilos, havia perdido 89 membros da família, mas conseguiu reencontrar a mulher, que escapara fingindo ser católica e não judia.

 

Com o fim da guerra e em liberdade, Wiesenthal fundou o Centro de Documentação Judaico, em 1947, e abriu um escritório em Viena, capital da Áustria, em 1961. O objetivo era recolher provas e testemunhos para futuros julgamentos de criminosos de guerra nazistas que se espalharam em fuga pelo mundo.

 

Simon Wiesenthal, ajudou a levar a julgamento aproximadamente 1.100 nazistas, ganhando fama ao ajudar na captura na Argentina de Adolf Eichmann, a quem Adolf Hitler confiara o programa de genocídio de judeus.


Wiesenthal foi o primeiro a descobrir a pista argentina que levaria o Mossad a capturar/sequestrar Eichmann em Buenos Aires, em 1960, para depois o Estado judaico o julgar e condenar à morte. Telavive assumiu o papel de Wiesenthal nesta captura e o reconhecimento público mundial do seu trabalho permitiu-lhe abrir novo centro de documentação. Depois aconteceram mais capturas e julgamentos importantes, entre eles a do comandante do campo de concentração de Treblinka, Franz Stangl, e de Karl Silberbauer, o oficial da Gestapo que prendeu Anne Frank.



Se Simon fosse palestino?


Mas imagine, hipoteticamente, se Wiesenthal fosse vivo, sendo um palestino atualmente, tendo sobrevivido às prisões de Sde Teiman, Megiddo, Ofer, onde palestinos são entulhados e barbarizados, tendo sofrido todos os horrores como os cometidos em campos nazistas, e que após ter passado por isso tudo resolvesse buscar justiça, e não vingança, um dos títulos de seus livros, para atuar na captura de agentes do estado sionista que tivessem cometido crimes contra a humanidade, como os que acontecem hoje em Gaza perpetrados por Israel? Imagine se Simon soubesse que Yuval Vagdani, um soldado israelense envolvido em crimes de guerra, estivesse passeando no Brasil, após ter postado seus crimes em redes sociais. Imagine se Simon descobrisse que Vagdani recebeu todo apoio estatal israelense para ser evacuado do Brasil e escapar da justiça?

 

Simon sobreviveu ao holocausto, Hind Rajab não.


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