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Tensão em Moçambique: ONU pede investigação sobre atropelamento durante protestos

A capital de Moçambique, Maputo, enfrentou mais um dia de tensão nesta quarta-feira, em meio às manifestações pós-eleitorais que continuam a agitar a cidade. Os protestos, motivados pela contestação aos resultados das eleições de 9 de outubro, que garantiram a vitória ao candidato governista Daniel Chapo, geraram confrontos e bloqueios em diversas vias. Grupos de jovens saíram às ruas com cartazes de protesto e interditaram as principais vias de acesso, parando veículos e dificultando o trânsito entre 8h e 16h.


No meio dos tumultos, imagens compartilhadas nas redes sociais mostraram o atropelamento de uma jovem por um carro blindado das forças de segurança, durante uma manifestação na Avenida Eduardo Mondlane, uma das mais movimentadas da capital. O incidente gerou grande preocupação, especialmente após relatos de outras vítimas e feridos durante os protestos.


A coordenadora residente da ONU em Moçambique, Catherine Sozi, expressou seu alarmismo nas redes sociais, destacando os relatos de mortes e ferimentos decorrentes dos confrontos. Sozi pediu uma investigação rigorosa sobre os incidentes e a responsabilização dos envolvidos. Em suas declarações, a chefe da ONU no país reiterou o apelo de António Guterres, secretário-geral da ONU, para que as autoridades moçambicanas mantenham a calma e busquem a contenção necessária, assegurando que os desafios do país sejam resolvidos de forma pacífica e respeitosa com as instituições democráticas.


Em Genebra, Volker Turk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, também se manifestou, condenando o uso desproporcional de força pela polícia e renovando seu apelo pela redução da violência nas ruas de Maputo. Segundo dados da plataforma eleitoral Decide, desde o início das manifestações, em 21 de outubro, pelo menos 67 pessoas perderam a vida e 210 foram baleadas durante os protestos.


A situação continua a ser monitorada de perto, com a ONU e autoridades internacionais pedindo que os responsáveis pela escalada da violência sejam identificados e responsabilizados.

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