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Israel e Hezbollah: Trégua de 60 dias proposta, mas Israel reitera interesse em manter ataques no sul do Líbano

O embaixador de Israel na ONU, Danny Denon, anunciou nesta segunda-feira (25) que as negociações para um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah estão "avançando", porém, deixou claro que Israel deseja manter a possibilidade de continuar com ataques no sul do Líbano, mesmo que um acordo seja firmado. Denon fez a declaração antes de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, onde expressou a expectativa de que o gabinete de Israel se reunisse nesta segunda ou terça-feira (26) para discutir os detalhes do cessar-fogo no Líbano.


Por sua vez, o vice-presidente do Parlamento libanês, Elias Bou Saab, afirmou à Reuters que não há "nenhum obstáculo sério" para a implementação de uma trégua de 60 dias, proposta pelos Estados Unidos, para encerrar os combates entre Israel e o Hezbollah. Saab também comentou que uma das questões pendentes sobre quem monitoraria o cessar-fogo foi resolvida recentemente, com o acordo de formar um comitê de cinco países, incluindo a França, presidido pelos Estados Unidos.


Fontes próximas às negociações informaram que um cessar-fogo poderia ser anunciado "em poucas horas", após uma atualização positiva sobre os detalhes discutidos. No entanto, fontes diplomáticas alertaram que o acordo ainda não é definitivo, pois alguns detalhes continuam sendo negociados.


O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também aprovou "a princípio" o acordo de cessar-fogo durante uma reunião de segurança com autoridades israelenses, realizada na noite de domingo (25). No entanto, ainda existem ressalvas a serem discutidas, e o acordo não será finalizado até que todas as questões sejam resolvidas.


A ofensiva israelense contra o Hezbollah no Líbano, que teve início no final de setembro, se intensificou nos últimos meses, resultando em grandes destruições e no deslocamento de mais de um milhão de pessoas. O conflito já causou dezenas de mortes no Líbano. Enquanto isso, a guerra em Gaza continua, com confrontos entre militares israelenses e o Hamas, após o ataque do grupo radical a Israel em outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos e 250 sequestrados.


Israel e Irã têm trocado ataques, o que aumentou as tensões, mas sem escalar para uma guerra total. O Exército de Israel também realizou bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, Iémen e Iraque.


As negociações de cessar-fogo continuam, mas as situações tanto no Líbano quanto em Gaza ainda permanecem delicadas, com questões não resolvidas impedindo um acordo definitivo em ambas as frentes.

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