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Tropas israelenses invadem hospital em Gaza, sequestram pacientes e médicos e bombardeiam armazém de medicamentos

O Exército de Israel realizou mais uma incursão no Hospital Kamal Adwan, localizado no norte da Faixa de Gaza, na quarta-feira (19). Segundo vídeos divulgados nas redes sociais, soldados israelenses capturaram pacientes, incluindo idosos, e membros da equipe médica, colocando-os em filas sob vigilância armada. Os sequestrados aparecem vendados e sem roupas, aguardando para serem levados em caminhões militares.


As famílias das vítimas relatam não saber o destino dos desaparecidos. Um veículo de comunicação ligado à Resistência palestina descreveu a cena como “um transporte para o abatedouro” e alertou sobre o sigilo imposto por Israel em relação às pessoas detidas.


Na quinta-feira (20), Israel também bombardeou o único armazém de medicamentos do Hospital Kamal Adwan, intensificando os ataques a infraestruturas de saúde na região. Desde outubro do ano passado, a instalação médica foi alvo de múltiplas ofensivas. Autoridades israelenses justificam as ações alegando que hospitais abrigam combatentes da Resistência e seus equipamentos, mas organizações locais contestam essa narrativa.


Conforme o Ministério da Saúde de Gaza, as forças israelenses atacaram diretamente o escritório administrativo do hospital, matando dois médicos cujas famílias foram exterminadas em bombardeios recentes. O ministério denunciou o crime como “uma afronta à humanidade” e apelou à comunidade internacional para intervir na proteção de hospitais e equipes médicas.


Ex-prisioneiros sequestrados por Israel em ataques a hospitais relataram torturas severas durante o cativeiro. Desde o início da guerra, mais de mil profissionais de saúde em Gaza foram mortos, segundo o Ministério da Saúde local. Além disso, dezenas de hospitais e centros médicos foram destruídos, deixando milhares de feridos sem acesso a tratamento adequado.


O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas) condenou o silêncio da comunidade internacional diante do que chamou de “limpeza étnica em Gaza”. As autoridades de saúde informaram que o número de mortos ultrapassa 43.900, sendo a maioria mulheres e crianças, além de mais de 104 mil feridos registrados desde o início do conflito.

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