Trump exige fim da 'guerra ridícula' e ameaça Putin: 'Podemos resolver isso pelo caminho fácil ou difícil'
- Clandestino
- 23 de jan.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na quarta-feira (22) que poderá implementar novas sanções e tarifas à Rússia, caso o presidente Vladimir Putin não tome medidas para encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita em suas redes sociais, onde Trump sinalizou endurecimento contra Moscou, ao mesmo tempo em que enfatizou sua admiração pelo povo russo.
"Se não chegarmos a um acordo, e em breve, não terei outra opção a não ser impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções a tudo que a Rússia vende aos Estados Unidos e a outros países envolvidos", declarou Trump.
Apesar do tom inicial amigável, Trump criticou a condução do conflito por Putin.
"Estou fazendo à Rússia, cuja economia está em declínio, e ao presidente Putin, um grande FAVOR. Resolva isso agora e PARE essa guerra ridícula. ISSO SÓ VAI PIORAR", publicou, utilizando letras maiúsculas para reforçar a mensagem.
Trump reafirmou sua posição de que a guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, não teria ocorrido sob sua gestão. Ele também reiterou sua promessa de encerrar o conflito rapidamente. "Podemos resolver isso do jeito fácil ou do jeito difícil – e o jeito fácil é sempre melhor", declarou. Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu encerrar a guerra em apenas um dia e agora alega que seria possível alcançar a paz em até 100 dias.
O enviado especial da Casa Branca para a Ucrânia, Keith Kellogg, também sinalizou que há um plano para resolver o conflito nesse prazo. No entanto, analistas demonstram ceticismo quanto à viabilidade de tal proposta.
A Rússia, por sua vez, demonstrou interesse em negociar com Trump. O vice-ministro das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, afirmou que existe uma "pequena janela de oportunidade" para diálogos com o governo americano. Contudo, ele ressaltou que o grau de disposição para negociações ainda é incerto.
Enquanto isso, a Ucrânia teme que um acordo negociado por Trump possa levar a perdas territoriais significativas. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, destacou que qualquer acordo de paz deve incluir supervisão militar e pediu o envio de 200 mil soldados europeus para manutenção da paz.
Trump também indicou que irá avaliar o envio de mais armamentos à Ucrânia, em contraste com a gestão anterior de Joe Biden, que intensificou o apoio militar a Kiev.
A comunidade internacional aguarda para ver se Trump conseguirá concretizar suas promessas e qual será o impacto de sua postura sobre o delicado cenário geopolítico da região.