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Trump oferece apoio militar à RDCongo em troca de minerais

Atualizado: 10 de mar.

Os Estados Unidos estão flertando com a República Democrática do Congo (RDC) para garantir acesso privilegiado aos cobiçados minerais raros, essenciais para a indústria de tecnologia e defesa americana. Enquanto se apresentam como parceiros estratégicos, os interesses reais de Washington giram em torno do controle sobre os recursos que movem o mundo digital e bélico.


Platon e The People's Portfolio I Um pedaço de coltan em forma de rocha - os mineiros precisam cavar, carregar pedras e quebrá-las para acessar os minerais.
Platon e The People's Portfolio I Um pedaço de coltan em forma de rocha - os mineiros precisam cavar, carregar pedras e quebrá-las para acessar os minerais.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA declarou ao Financial Times que a administração estadunidense está disposta a investir no setor de minerais críticos da RDC — desde que tudo esteja alinhado à política de supremacia econômica dos EUA. “Os Estados Unidos estão abertos a discutir parcerias neste setor que estejam alinhadas com a agenda America First da administração Trump”, afirmou.

A proposta dos EUA inclui promessas de empregos e integração da RDC nas cadeias globais de produção, mas, nos bastidores, há um plano de influência militar: em troca do direito de explorar os metais de terras raras, Washington pode treinar as forças armadas congolesas, sob o pretexto de fortalecer o país contra a insurgência do grupo rebelde M23. O detalhe? O M23 é apoiado por Ruanda, aliado estratégico do Ocidente na região.


Platon e The People's Portfolio I Um mineiro na mina da Cooperativa Lwango
Platon e The People's Portfolio I Um mineiro na mina da Cooperativa Lwango

O M23 voltou a avançar no leste da RDC, após o fracasso das negociações mediadas por Angola. O governo congolês acusa Ruanda de financiar e armar os rebeldes para garantir o fluxo ilegal de minerais estratégicos. Pressionados pela escalada da violência, países como Alemanha e Reino Unido congelaram parte de sua ajuda financeira a Kigali.

Os Estados Unidos também se pronunciaram: em 20 de fevereiro, impuseram sanções a um ministro de Estado ruandês e a um porta-voz do M23, acusando-os de alimentar o conflito no leste do Congo. A medida, no entanto, levanta dúvidas — seria uma jogada para manter o controle sobre a região, enquanto asseguram que as minas mais lucrativas fiquem nas mãos "certas"?

No final de janeiro, o M23, com apoio logístico e militar de Ruanda, tomou Goma, a maior cidade do leste da RDC. Poucas semanas depois, em fevereiro, os rebeldes assumiram o controle de Bukavu, capital da província de Kivu do Sul. Enquanto o caos se desenrola, o Ocidente se movimenta nos bastidores, garantindo que, independentemente do vencedor, os minerais raros continuem fluindo para as fábricas do Norte Global.

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