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Equipe de Trump avalia diálogo direto com Kim Jong Un para reduzir tensões na Península Coreana

A equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, considera estabelecer conversas diretas com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, como parte de uma estratégia para mitigar os riscos de conflito armado, revelou a agência Reuters nesta terça-feira (26).


De acordo com fontes próximas ao assunto, o objetivo inicial seria retomar um canal básico de diálogo e quebrar o gelo com Pyongyang. No entanto, ainda não há decisão final sobre a iniciativa por parte de Trump.



Tensões persistem

Kim Jong Un, este mês, acusou os Estados Unidos de provocarem tensões na região, aumentando o risco de um confronto nuclear. A Coreia do Norte considera os exercícios militares conjuntos entre Washington e Seul uma ameaça direta, classificando-os como potenciais preparativos para uma invasão.


Enquanto isso, a administração de Joe Biden, ao longo dos últimos quatro anos, tentou sem sucesso estabelecer negociações com Pyongyang, oferecendo diálogo sem pré-condições. No entanto, Kim ignorou os esforços e manteve sua posição de que a política dos EUA em relação ao seu país é "agressiva e hostil".



Histórico de Trump e Kim

Durante seu primeiro mandato, Trump alternou entre insultos e gestos diplomáticos em sua relação com Kim. Chamando-o de "Little Rocket Man" e prometendo "fogo e fúria" em resposta aos testes nucleares, Trump também trocou cartas que descreveu como "bonitas".


Entre 2018 e 2019, os dois líderes se encontraram três vezes, incluindo a histórica visita de Trump à Zona Desmilitarizada Coreana (DMZ), onde se tornou o primeiro presidente dos EUA em exercício a pisar na Coreia do Norte. Apesar do tom conciliatório, os encontros não resultaram em avanços concretos para a desnuclearização ou no alívio das sanções impostas a Pyongyang.



Planos futuros

Com Trump se preparando para assumir novamente o cargo, a nomeação de Alex Wong, ex-funcionário do Departamento de Estado e especialista em Coreia do Norte, como vice-conselheiro de segurança nacional, sinaliza a intenção de reavaliar a abordagem dos EUA.


Durante a campanha eleitoral, Trump afirmou que Kim "sente falta" de sua liderança, insinuando que as ações provocativas de Pyongyang cessariam com seu retorno à presidência. Entretanto, a mídia estatal norte-coreana desconsiderou a afirmação, reiterando que a política nuclear do país permanecerá inalterada, independentemente de quem governe os EUA.


O cenário atual na Península Coreana reflete a continuidade de um estado de tensão latente, enquanto o futuro das relações entre Washington e Pyongyang permanece incerto.

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