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A Venezuela convoca o encarregado de negócios do Brasil em Caracas e seu embaixador em Brasília em resposta às declarações das autoridades brasileiras

O Itamaraty divulgou, nesta quarta-feira, uma nota informando que a convocação do encarregado de negócios Breno Hermann pretende condenar as declarações "grosseiras e intrometidas" feitas por representantes autorizados do governo brasileiro. Nesse contexto, o assessor especial de relações exteriores Celso Amorim afirmou, na terça-feira, que o Brasil não reconhece a reeleição do presidente Nicolás Maduro.


A nota caracteriza Amorim como “um mensageiro do imperialismo norte-americano”, que se dedicou a emitir opiniões sobre assuntos que deveriam ser de competência exclusiva do povo venezuelano e de suas instituições democráticas.


Diante disso, Caracas ressalta que as declarações de altos funcionários brasileiros colocam em risco “os laços que unem os dois países”.


Além disso, o governo da Venezuela condena e considera um "ato hostil" o veto do Brasil à sua entrada no BRICS durante a cúpula do grupo na Rússia.


Em sua declaração, o governo venezuelano criticou a postura dos diplomatas brasileiros, que, ao se opor à adesão da Venezuela ao bloco, ignoraram a aprovação dos demais membros do BRICS. O documento menciona que esse comportamento equivale a uma política de bloqueio, similar à de Medidas Coercitivas Unilaterais, que prejudica todo o povo venezuelano.


Durante a 16ª Cúpula do BRICS, realizada na cidade russa de Kazan, o Brasil vetou a entrada da Venezuela no grupo intergovernamental, uma ação que a nação bolivariana considera um gesto hostil.


O Itamaraty finaliza sua comunicação informando que, sob orientação do presidente Maduro, o embaixador Manuel Vadell, representante diplomático da Venezuela em Brasília, foi convocado urgentemente para consultas.


As relações entre os dois países se deterioraram desde as eleições de 28 de julho, quando as autoridades eleitorais da Venezuela proclamaram a vitória de Maduro, resultado que foi contestado pela oposição, com apoio de nações estrangeiras.

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