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Venâncio Mondlane exige diálogo com após protestos pós-eleitorais em Moçambique

O candidato presidencial Venâncio Mondlane anunciou nesta quinta-feira que aguarda um contato do presidente moçambicano Filipe Nyusi para discutir a situação pós-eleitoral do país. Mondlane sugeriu uma reunião virtual entre ambos, que poderia ser transmitida ao público, e afirmou estar disponível para dialogar a qualquer momento.



"Estou ansioso para que a gente tenha um encontro virtual. Tudo depende de si, se não acontecer é porque o senhor não tem interesse", disse Mondlane em uma transmissão ao vivo em sua conta oficial no Facebook.

Mondlane, que está fora do país por questões de segurança, não reconhece os resultados das eleições gerais de 9 de outubro, que indicaram a vitória de Nyusi. O candidato reiterou que a reunião só não ocorrerá se o presidente moçambicano se mostrar desinteressado. Ele também criticou os processos legais movidos contra ele, como mandados de captura e ações que exigem indenizações milionárias, e afirmou que Nyusi sabe como proceder para criar condições para o diálogo e um "roteiro de paz" em Moçambique.


A situação política em Moçambique tem gerado crescente violência. De acordo com a Plataforma Eleitoral Decide, pelo menos 12 pessoas morreram e outras 34 ficaram feridas em manifestações contra os resultados eleitorais iniciadas na quarta-feira. As vítimas fatais foram registradas em diversas províncias, incluindo Nampula, Maputo e Cabo Delgado. Este número se soma aos 76 mortos e 240 feridos registrados em protestos de 21 de outubro a 1º de dezembro, conforme um relatório anterior da organização.



Em resposta, Mondlane convocou uma nova fase de protestos que acontecerá de 4 a 11 de dezembro, com paralisações nos bairros e nas principais avenidas do país, intensificando a contestação aos resultados eleitorais. Ele ressaltou a importância da mobilização popular e disse que os protestos devem ser concentrados nos bairros, sem grandes deslocamentos.


O anúncio da vitória de Daniel Chapo, candidato da Frelimo, partido no poder, com 70,67% dos votos, foi o estopim para os protestos, que desde então têm se intensificado, culminando em confrontos violentos com a polícia. Mondlane, que ficou em segundo lugar nas eleições com 20,32% dos votos, ainda aguarda a validação final dos resultados pelo Conselho Constitucional.

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