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A brasileira irmã Rosita Milesi é premiada pela ONU com o reconhecimento global por sua atuação em prol dos refugiados

Cinco mulheres pioneiras foram reconhecidas nesta quarta-feira como vencedoras do Prêmio Nansen para Refugiados. As homenageadas incluem uma freira do Brasil, uma ativista de Burkina Faso, uma empreendedora social síria, uma refugiada sudanesa e uma defensora de direitos do Nepal.



Concedido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o prêmio terá sua cerimônia oficial em Genebra, no dia 14 de outubro.


Ação e políticas públicas no Brasil A vencedora global deste ano, Irmã Rosita Milesi, é uma freira brasileira com uma longa trajetória de quase 40 anos na defesa dos direitos das pessoas em situação de deslocamento. Advogada, assistente social e ativista, ela tem auxiliado milhares de pessoas a obter documentação, abrigo, alimentação, assistência médica, aprendizado de idiomas e acesso ao mercado de trabalho no Brasil.


Como advogada, Irmã Rosita foi peça-chave na elaboração de políticas públicas, contribuindo para a criação da Lei de Refugiados de 1997, que ampliou os direitos e a proteção para refugiados, alinhando o Brasil aos padrões internacionais da Declaração de Cartagena de 1984.


Reconhecimento da importância das mulheres Aos 79 anos, Irmã Rosita expressou que sua motivação vem da “crescente necessidade de acolher e integrar refugiados”. Determinada, afirmou que, ao se comprometer com algo, faz de tudo para garantir que aconteça.


O alto comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, destacou que, "frequentemente, as mulheres enfrentam riscos elevados de discriminação e violência, especialmente em situações de fuga". No entanto, ele ressaltou que as vencedoras demonstram como as mulheres também têm um papel crucial na resposta humanitária e na busca por soluções, destacando seu impacto na ação comunitária e até na formulação de políticas nacionais.


As outras quatro premiadas receberam reconhecimento em nível regional:


Maimouna Ba (África): A ativista de Burkina Faso ajudou mais de 100 crianças deslocadas a voltar à escola e apoiou mais de 400 mulheres deslocadas a conquistar independência financeira.


Jin Davod (Europa): Empreendedora social e refugiada síria, criou uma plataforma online que conecta sobreviventes de traumas com terapeutas, oferecendo suporte gratuito de saúde mental.


Nada Fadol (Oriente Médio): Refugiada sudanesa que organizou ajuda para centenas de famílias de refugiados que buscaram segurança no Egito.


Deepti Gurung (Ásia): Lutou por reformas nas leis de cidadania do Nepal para garantir a nacionalidade de suas filhas, ajudando também milhares de outras pessoas apátridas.


Além disso, o povo da Moldávia receberá uma menção honrosa por transformar escolas, espaços comunitários e casas em refúgios para mais de um milhão de pessoas que fugiam da guerra na Ucrânia.


O Prêmio Nansen, apoiado por governos da Noruega e da Suíça, pela Fundação Ikea e pela Cidade e Cantão de Genebra, homenageia Fridtjof Nansen, explorador, cientista, diplomata e humanitário norueguês.

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