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As Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão intensificaram o cerco ao campo de refugiados próximos a Darfur, agravando a crise humanitária

As Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão intensificaram o cerco ao campo de deslocados de Zamzam, ao sul de El Fasher, em Darfur do Norte, agravando a crise humanitária que já ameaça a vida de centenas de milhares de pessoas. O grupo paramilitar reforçou suas tropas em uma rota vital de abastecimento, utilizada para transportar alimentos, medicamentos e combustíveis ao acampamento.


A RSF publicou vídeos que exibem a prisão de indivíduos acusados de contrabandear combustível para Zamzam, afirmando ter confiscado mais de 60 barris de gasolina e diesel. Segundo o coronel Jado Ali Misbel, porta-voz da RSF, nenhum suprimento será permitido entrar no campo ou na cidade de El Fasher, a histórica capital de Darfur.


As Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão intensificaram o cerco ao campo de refugiados próximos a Darfur, agravando a crise humanitária
As Forças de Apoio Rápido (RSF) do Sudão intensificaram o cerco ao campo de refugiados próximos a Darfur, agravando a crise humanitária

Mohamed Khamis Doda, representante dos deslocados em Zamzam, denunciou que dezenas de comerciantes foram presos pela RSF na terça-feira, com seus bens sendo confiscados. Eles tentavam levar suprimentos essenciais para aliviar a já terrível situação do campo. Doda também alertou que o bloqueio ameaça cortar as últimas rotas de abastecimento, o que pode resultar na interrupção total de serviços essenciais, como água e eletricidade, e pediu uma intervenção internacional urgente para prevenir um desastre humanitário.


Acusações de saques, assédio e confisco de equipamentos de comunicação por parte da RSF aumentam a tensão, à medida que suas táticas de cerco são vistas como uma tentativa de consolidar o controle sobre El Fasher e enfraquecer as Forças Armadas Sudanesas. Com o conflito, muitos moradores de El Fasher buscaram refúgio no campo superlotado de Zamzam, agravando ainda mais a crise.


Em agosto, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento declarou situação de fome em Zamzam, uma afirmação que foi negada pelas autoridades sudanesas. O campo, que abriga cerca de meio milhão de deslocados, sofre uma severa escassez de alimentos, exacerbada pelo cerco imposto pela RSF.

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