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Milhares de crianças na República Democrática do Congo (RDC) e nos países vizinhos estão sob alto risco de contrair o vírus mpox, alertou hoje a UNICEF

Milhares de crianças na República Democrática do Congo (RDC) e nos países vizinhos estão sob alto risco de contrair o vírus mpox, à medida que uma nova variante, mais letal, continua a se espalhar, alertou hoje a UNICEF.


©UNICEF/Benekire Uma mãe segura seu filho que sofre de Mpox na República Democrática do Congo, em 23 de julho de 2024.

Desde o início do ano, estima-se que 8.772 crianças tenham contraído a doença na RDC, representando mais da metade dos 15.664 casos registrados no país, de acordo com os dados mais recentes. Até agora, 548 pessoas perderam a vida, sendo 463 delas crianças.


“Este novo surto da variante mpox é uma ameaça alarmante para crianças e famílias, muitas das quais já vivem em condições de conflito, deslocamento, surtos de cólera e poliomielite, além de desnutrição”, afirmou Gilles Fagninou, Diretor Regional da UNICEF para a África Ocidental e Central. “As evidências mostram que as crianças, especialmente as desnutridas ou afetadas por outras doenças, são as mais vulneráveis ​​a contrair e morrer devido a essa cepa de mpox. Proteger essas crianças deve ser nossa principal prioridade.”


Em 13 de agosto, os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) declararam o aumento de casos de mpox na RDC e em outros países africanos como uma Emergência de Saúde Pública de Segurança Continental.


Em seguida, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o aumento de casos como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), com crianças menores de 5 anos enfrentando o maior risco de morte, e mulheres grávidas especialmente vulneráveis.


A UNICEF está colaborando com o CDC África, a OMS e outros parceiros, como a USAID e a FCDO, para apoiar os governos nacionais. Na RDC, a UNICEF está trabalhando com o governo em um plano de preparação e resposta ao mpox, com foco em salvar vidas e proteger as crianças mais vulneráveis ​​nas províncias de South Kivu, South Ubangi e Sankuru, por meio de:


Comunicação de risco e engajamento comunitário: Desenvolver canais para que as comunidades compartilhem informações sobre infecções, capacitar líderes e trabalhadores comunitários, e disseminar melhor as medidas de proteção e segurança.


Prevenção e controle de infecções: Fortalecer a capacidade dos profissionais de higiene, apoiar a descontaminação domiciliar e fornecer suprimentos de higiene para unidades de saúde.


Assistência médica e nutricional: Distribuir kits de saúde de emergência em instalações que atendem pacientes com mpox, montar tendas para criar espaços adicionais para tratamento e oferecer apoio alimentar às famílias dos pacientes.


Apoio psicossocial: Incluir estratégias para enfrentar o estigma e a discriminação.


Análise integrada de surtos: Melhorar a qualidade e disponibilidade dos dados, identificar abordagens inovadoras e fortalecer os sistemas de saúde em colaboração com parceiros internacionais.


Coordenação: Facilitar o compartilhamento de informações com parceiros e desenvolver planos estratégicos baseados em evidências.


A UNICEF na RDC está solicitando US$ 4.581.000 para ampliar as intervenções em um país que já enfrenta déficits de financiamento para emergências relacionadas a outros surtos de doenças e conflitos em andamento. Um adicional de US$ 1 milhão é necessário para esforços regionais de preparação, coordenação e resposta na África Ocidental e Central.


“O surto de mpox está pressionando um sistema de saúde já fragilizado por epidemias anteriores. Sem ação imediata e financiamento adicional, as consequências para as crianças serão graves”, acrescentou Fagninou.


Para mais informações sobre a UNICEF e seu trabalho na RD do Congo,

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