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O governo israelense aprovou um novo assentamento em um local considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, próximo a Belém, na Cisjordânia ocupada

Em 14 de agosto, o governo israelense aprovou oficialmente os limites municipais para um novo assentamento em um local considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO, próximo a Belém, na Cisjordânia ocupada.


SIQKA. al-Khalīl, Palestina. 24 de janeiro de 2023

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, conhecido por suas posições supremacistas judaicas, anunciou que seu gabinete havia “finalizado o plano e publicado os limites para o novo assentamento Nahal Heletz em Gush Etzion”, um bloco de assentamentos ao sul de Jerusalém ocupada.


“Nenhuma decisão anti-israelense ou anti-sionista impedirá o avanço dos assentamentos. Continuaremos a combater o perigoso projeto de criação de um estado palestino estabelecendo fatos no terreno. Esta é a missão da minha vida, e vou segui-la enquanto puder”, declarou Smotrich, que reside em um assentamento considerado ilegal pela comunidade internacional, em suas redes sociais.


Todos os assentamentos israelenses na Cisjordânia, ocupados desde 1967, são considerados ilegais pelo direito internacional, independentemente de terem ou não aprovação de planejamento.


A Administração Civil Israelense divulgou uma “linha azul” – um processo de demarcação de terras que determina quais áreas são privadas e quais não são – abrangendo 602 dunams (3,7 quilômetros quadrados) para o novo assentamento Nahal Heletz.


Segundo o grupo israelense anti-assentamentos Peace Now, a área designada para o novo assentamento foi reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO. “Smotrich continua a promover a anexação de fato, ignorando a Convenção da UNESCO, da qual Israel é signatário, e todos nós pagaremos o preço”, afirmou a organização em comunicado.


“Vamos continuar a lutar contra o perigoso projeto de criar um estado palestino estabelecendo fatos no terreno”, destacou a Peace Now, classificando a ação da Administração Civil como um “ataque massivo” a uma área “reconhecida por seus antigos terraços e sofisticados sistemas de irrigação, que são evidências de milhares de anos de atividade humana”.


A organização também alertou que essas ações “não apenas fragmentam o território palestino e privam grandes comunidades de sua herança natural e cultural, mas também representam uma ameaça iminente a uma área de grande valor cultural para a humanidade”.


Atualmente, cerca de 700.000 colonos israelenses vivem na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental ocupada.

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