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Níger rompe relações com Ucrânia, seguindo os passos de Mali e acusando Kiev de apoiar o terrorismo no continente africano

O governo militar do Níger anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Ucrânia, em uma decisão que segue os passos de seu vizinho Mali, que recentemente cortou laços com Kiev, acusando o país de "apoiar o terrorismo".


Em uma declaração transmitida pela rede nacional na terça-feira, Amadou Abdramane, porta-voz do governo militar do Níger, afirmou que o corte de laços com a Ucrânia teve "efeito imediato" e que a decisão foi tomada "em solidariedade" com Mali e devido ao "apoio a organizações terroristas" por parte de Kiev.


Amadou Abdramane, porta-voz do governo militar do Níger


Abdramane pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que condenasse a "agressão" da Ucrânia contra Mali e seu suposto apoio ao terrorismo na África, especialmente na região do Sahel.


A junta militar do Níger também reafirmou seu apoio às Forças Armadas do Mali "em sua luta pela liberdade e integridade territorial" e "condenou firmemente este ato de agressão, sinônimo de apoio ao terrorismo internacional".


O anúncio do Níger ocorre dois dias após o governo de transição do Mali ter rompido relações diplomáticas com a Ucrânia "com efeito imediato", denunciando a participação do país europeu em um ato de agressão contra Mali ocorrido em julho.


Recentemente, Andriy Yusov, porta-voz da inteligência militar ucraniana, admitiu o envolvimento da Ucrânia em um ataque realizado por grupos terroristas armados em Tinzaoutene, no nordeste do Mali, que resultou na morte de vários militares malianos.


Além disso, a embaixada da Ucrânia no Senegal divulgou um vídeo nas redes sociais, no qual o Exército Ucraniano expressava seu apoio aos grupos terroristas responsáveis pelo ataque entre 25 e 27 de julho no norte do Mali, executado por combatentes do grupo paramilitar russo Wagner.


Em 30 de julho, as Forças Armadas do Mali relataram "perdas humanas significativas" durante um intenso confronto em 26 de julho contra uma "coalizão de forças terroristas" na parte nordeste do país, onde forças separatistas estão ativas.


Os eventos ocorrem em meio a uma crescente aproximação entre Níger, Mali e Burkina Faso, três países do Sahel governados por juntas militares, que recentemente formaram a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel. Esta associação de ajuda mútua rejeita as políticas colonialistas do Ocidente e busca uma aproximação com a Rússia.

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