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ONU: "ataques de forças Houthi a embarcações no Mar Vermelho, ameaça a segurança marítima internacional"

A crise no Iêmen, que se intensificou em 2014 após a tomada da capital pelos Houthi, continua a afetar a população civil. Mais de 18 milhões de pessoas – metade da população do país – dependem de assistência humanitária e proteção em meio ao conflito.


Durante uma reunião no Conselho de Segurança da ONU, o enviado especial para o Iêmen, Hans Grundberg, alertou que, embora a violência tenha diminuído em comparação com os níveis anteriores à trégua de 2022, os confrontos em áreas como Hudaydah e Ta'iz continuam a causar mortes. "A ameaça de um retorno à guerra em grande escala está sempre presente", declarou Grundberg.


As tensões na região continuam a agravar o conflito, com ataques de forças Houthi a embarcações no Mar Vermelho, ameaçando a segurança marítima internacional. Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram ataques a alvos que alegaram ser "militares" dentro do Iêmen. O recente ataque a um petroleiro de bandeira grega, o MV Sounion, pelas forças Houthi, levantou preocupações sobre um possível 'desastre ambiental' que poderia afetar toda a região.


Grundberg expressou sua preocupação com a escalada do conflito e fez um apelo para que as partes envolvidas priorizem a resolução do conflito no Iêmen. Ele também ressaltou a importância do recente entendimento de 23 de julho, que busca despolitizar a economia e promover um diálogo mais colaborativo entre as partes em conflito.


Foto Mohammed Hamoud I Recruta Houthi
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Joyce Msuya, subsecretária-geral interina para Assuntos Humanitários, destacou os desafios enfrentados pela população iemenita, especialmente em áreas como Hudaydah e Ta'iz, onde os níveis de desnutrição são alarmantes. "Mais de 62% das famílias no país não têm comida suficiente, e a desnutrição entre crianças deve aumentar drasticamente até o final de 2024", alertou Msuya.


Ela também expressou preocupação com a detenção arbitrária de funcionários da ONU e de ONGs pelas autoridades Houthi, pedindo sua libertação imediata e destacando os riscos que essas ações impõem às operações humanitárias.


Apesar dos obstáculos, Msuya garantiu que a comunidade humanitária está comprometida em continuar suas operações no Iêmen pelo tempo que for necessário. Ela apelou às partes do conflito para que respeitem o direito internacional humanitário, protejam os civis e facilitem o acesso sem restrições à ajuda humanitária.

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