“Quarta-feira será a primeira vez que um criminoso de guerra terá a honra de falar no Congresso. Convidar Netanyahu para falar no Congresso é uma vergonha e será visto com pesar." Bernie Sanders
O senador de Vermont, Bernie Sanders, condenou o próximo discurso do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no Congresso dos EUA, referindo-se a ele como "criminoso de guerra".
"Quarta-feira será a primeira vez que um criminoso de guerra terá a honra de falar no Congresso. Convidar Netanyahu é uma vergonha e será visto com pesar", declarou Sanders.
Ele afirmou que, devido aos crimes cometidos em Gaza, Netanyahu não deveria ser bem-vindo no Congresso. Sanders fez esses comentários no Senado na terça-feira, enquanto o Congresso aguarda o discurso de Netanyahu na tarde de quarta-feira.
O discurso ocorre após a chegada discreta de Netanyahu aos Estados Unidos, logo após o presidente Joe Biden anunciar sua desistência das eleições de novembro. Sanders é um dos legisladores que planeja boicotar o discurso de Netanyahu, ressaltando a fome contínua, a destruição de casas e os danos aos sistemas de saúde e educação causados pelo regime de Israel na Faixa de Gaza.
Kamala Harris, a suposta candidata presidencial do Partido Democrata, também não comparecerá.
Anteriormente, o senador democrata Chris Van Hollen anunciou que não participaria do discurso de Netanyahu no Congresso e instou seus colegas a seguirem seu exemplo.
Sanders também afirmou que a guerra genocida de Israel em Gaza "violou o direito internacional, o direito americano e os valores humanos básicos".
As políticas de Netanyahu "em Gaza e na Cisjordânia e sua recusa em apoiar uma solução de dois Estados devem ser condenadas veementemente", acrescentou.
Sanders criticou os EUA por não cortarem ajuda a Israel, expressando sua decepção.
Israel iniciou uma guerra genocida contra a Faixa de Gaza em 7 de outubro, com apoio militar e político dos Estados Unidos, resultando na morte de pelo menos 39.006 palestinos e ferimentos em mais de 89.818.