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Síria enfrenta terrorismo mercenário em meio a disputas geopolíticas globais

Por mais de uma década, a Síria tem sido palco de uma das mais brutais campanhas de terrorismo mercenário, apoiada por uma coalizão de países ocidentais e árabes. Localizado em uma posição estratégica na Ásia Ocidental, o país se tornou o epicentro de uma guerra que mistura conflitos religiosos, interesses geopolíticos e desinformação em larga escala.


A guerra na Síria foi alimentada por uma intensa campanha de propaganda nas redes sociais, que buscou dividir as principais seitas islâmicas — sunitas e xiitas — e enfraquecer o Eixo da Resistência, em especial o movimento libanês Hezbollah. Vídeos manipulados de supostos protestos pacíficos em cidades como Daraa e Homs, atribuídos ao início da Primavera Árabe em 2011, mascararam uma realidade mais complexa: uma agenda patrocinada por potências estrangeiras para desestabilizar o governo sírio.


Essas ações ocorreram em paralelo à retirada das tropas dos EUA do Iraque e foram seguidas por um aumento no uso de forças extremistas takfiris [1], treinadas e financiadas por países como Estados Unidos e membros da OTAN. Esses grupos cruzaram fronteiras, principalmente pela Turquia, com apoio logístico e militar, incluindo equipamentos de alta tecnologia.


O papel de Hezbollah foi crucial para evitar uma guerra sectária na Síria e proteger locais sagrados para o islamismo, como o santuário de Sayeda Zeinab, nos arredores de Damasco. Além disso, o grupo buscou combater terroristas ligados a organizações como Daesh e Frente Al-Nusra, que receberam apoio de países do Golfo e plataformas midiáticas no Ocidente.


A resistência síria e seus aliados, incluindo o Irã e o Iraque, conseguiram reverter os avanços terroristas em momentos críticos, como a liberação de Aleppo em 2017. Apesar disso, os recentes ataques liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), próximo à fronteira com a Turquia, indicam que a ameaça persiste.


Enquanto os terroristas buscam reavivar o caos na Síria, as forças da resistência continuam mobilizadas. A Resiliência do Eixo da Resistência, que já derrotou grandes conspirações no passado, demonstra que, embora a guerra ainda não tenha terminado, a Síria e seus aliados permanecem determinados a enfrentar qualquer tentativa de desestabilização.


 

[1]Takfiris: O termo "takfiris" refere-se a indivíduos ou grupos extremistas que adotam uma interpretação rígida e exclusivista do Islã, considerando outros muçulmanos como apóstatas ou infiéis caso não compartilhem de suas crenças específicas. Essa prática, conhecida como takfir (acusação de apostasia), é usada para justificar atos de violência e excomunhão contra outros muçulmanos, além de não-muçulmanos. Movimentos takfiris, como Daesh (Estado Islâmico) e Al-Qaeda, são conhecidos por promover uma visão radical e violenta da religião, muitas vezes distorcendo os ensinamentos islâmicos para fins políticos e sectários.


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